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General Mourão processará o cantor Geraldo Azevedo por acusação de tortura

O cantor teria acusado o vice de Bolsonaro por torturá-lo durante regime militar; compositor pede desculpas e chama de "equívoco"

Imagem de arquivo: "É uma coisa tão mentirosa", disse Mourão sobre a acusação (IADC / Domínio Público/Wikimedia Commons)

Imagem de arquivo: "É uma coisa tão mentirosa", disse Mourão sobre a acusação (IADC / Domínio Público/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 13h58.

Última atualização em 23 de outubro de 2018 às 14h00.

Brasília - O general da reserva Hamilton Mourão, vice na chapa do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, disse que vai processar o cantor e compositor Geraldo Azevedo que o acusou em um show no fim de semana de torturá-lo durante o regime militar. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Mourão afirmou que em 1969, ano em que o artista esteve preso pela primeira vez, ainda não tinha ingressado no Exército.

"É uma coisa tão mentirosa", disse Mourão. "Ele me acusa de tê-lo torturado em 1969. Eu era aluno do Colégio Militar em Porto Alegre e tinha 16 anos", afirmou o general da reserva. "Cabe processo."

Hamilton Mourão entrou em 1972 na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e se formou em 1975. O vice de Bolsonaro é filho do general de divisão Antonio Hamilton Mourão.

Procurado pela reportagem na manhã desta terça-feira, 23, Azevedo negou que Hamilton Mourão estivesse entre os militares que o torturaram quando ele foi preso, em 1969 e em 1974. Em nota, o artista pediu desculpas "pelo transtorno causado pelo equívoco e reafirmou sua opinião de que não há espaço no Brasil de hoje para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e cerceia a liberdade de imprensa."

As declarações de Geraldo Azevedo, dadas em show no final de semana na Bahia, foram citadas pelo candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, em sabatina, nesta terça-feira pela manhã, no jornal "O Globo".

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