General G. Dias deve ser ouvido na CPMI do 8 de janeiro na próxima semana
Ex-ministro pediu demissão do GSI depois que imagens dele dentro do Palácio do Planalto no dia da invasão foram divulgadas
Agência de notícias
Publicado em 22 de agosto de 2023 às 16h18.
Última atualização em 23 de agosto de 2023 às 08h03.
O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias será ouvido na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro na quinta-feira da próxima semana, dia 31 de agosto.
A informação foi confirmada nesta terça-feira, 22, pela assessoria do presidente da CPMI, o deputado federal Arthur Maia (União-BA). O requerimento para convocação do ex-ministro do atual governo estava aprovado desde o dia 20 de junho.
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Apesar da oitiva de Dias ser uma das principais demandas da oposição, o depoimento do ex-ministro do GSI já estava previsto no plano de trabalho da relatora senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
O ex-ministro Gonçalves Dias pediu demissão do GSI depois que imagens dele dentro do Palácio do Planalto no dia da invasão foram divulgadas.A divulgação das imagens motivou o governo a apoiar a criação da CPMI para, segundo o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, “colocar uma pá de cal” na tentativa da oposição de transferir a responsabilidade dos atos golpistas para o governo federal.
Segundo argumentam deputados e senadores da oposição, o ex-ministro G. Dias pode ter se omitido durante a invasão do Palácio do Planalto. No requerimento aprovado na Comissão, o deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ) argumenta que a atuação de Dias pode “caracterizar, em tese, evidente omissão por não ter impedido a invasão do Palácio do Planalto ”.
O ex-ministro G. Dias depôs à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal em junho, quando negou as acusações de omissão ou conivência.
“Eu estava desarmado e à paisana, havia saído de casa e jamais esperei encontrar aquela situação. Concentrei-me em retirar os vândalos do palácio [Palácio do Planalto] o mais rápido possível, de preferência, claro, sem baixas e sem confrontos sangrentos. Eu havia determinado que as prisões fossem feitas no segundo andar. Cuidei pessoalmente de manter indevassado o gabinete do presidente da República”, afirmou.