General exalta golpe de 1964 em palestra do Clube Militar
Em palestra, o presidente do Clube Militar atacou o governo e exaltou o golpe de 1964, que chamou de "revolução democrática"
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2015 às 19h51.
Rio - Em palestra no lançamento da "Campanha pela Moralidade Nacional" do Clube Militar, o presidente da entidade, general da reserva Gilberto Pimentel, atacou nesta quinta-feira, 19, o governo federal.
Ele citou o que definiu como "quadro crítico que vive a nação" e exaltou o golpe de 1964, que chamou de "revolução democrática" e "um dos momentos memoráveis" em que o Clube esteve presente na história do País.
Procurou, porém, dissociar a iniciativa dos pedidos de impeachment da presidente, proposta defendida por parte dos manifestantes que foram às ruas no último domingo.
"Essa campanha não tem nada a ver com impeachment. O clube é absolutamente contra intervenção. Somos a favor de soluções previstas na Constituição", disse o general.
Indagado sobre a defesa que havia feito do golpe, declarou: "Fui absolutamente a favor e participei da revolução democrática de 1964. Mas ali a sociedade pediu a intervenção das Forças Armadas, foi muito diferente do que acontece hoje. A mídia pediu."
Sobre torturas e assassinatos ocorridos no período ditatorial, não quis falar. "Não discuto isso. Digo que os políticos devem ter juízo para evitar que o País entre em um caos e alguém tenha que tomar conta. Em 1964, os jornais e a sociedade pediam a intervenção das Forças Armadas. Isso não ocorre hoje. Hoje, temos um governo que não está agradando, mas está dentro da lei."
O único palestrante convidado foi o empresário James Akel, que se referiu à presidente Dilma Rousseff como "guerrilheira" e afirmou que teria "dado um chute" nela no último debate antes da eleição de 2014. Foi aplaudido pelas cerca de 50 pessoas no Salão Nobre do Clube Militar.
O palestrante também afirmou que "impeachment não é golpismo". Indagado sobre a fala do convidado, o general disse que "hoje ainda não estão reunidas as condições para se chegar a isso".
Segundo Pimentel, o objetivo da campanha é reunir até abril artigos para debater caminhos "na busca da ética", a partir da constatação de "distorções" como "corrupção em todos os níveis", "os direitos das minorias prevalecendo sobre os da maioria e "imposição do politicamente correto". Os textos serão publicados no site do clube.
Rio - Em palestra no lançamento da "Campanha pela Moralidade Nacional" do Clube Militar, o presidente da entidade, general da reserva Gilberto Pimentel, atacou nesta quinta-feira, 19, o governo federal.
Ele citou o que definiu como "quadro crítico que vive a nação" e exaltou o golpe de 1964, que chamou de "revolução democrática" e "um dos momentos memoráveis" em que o Clube esteve presente na história do País.
Procurou, porém, dissociar a iniciativa dos pedidos de impeachment da presidente, proposta defendida por parte dos manifestantes que foram às ruas no último domingo.
"Essa campanha não tem nada a ver com impeachment. O clube é absolutamente contra intervenção. Somos a favor de soluções previstas na Constituição", disse o general.
Indagado sobre a defesa que havia feito do golpe, declarou: "Fui absolutamente a favor e participei da revolução democrática de 1964. Mas ali a sociedade pediu a intervenção das Forças Armadas, foi muito diferente do que acontece hoje. A mídia pediu."
Sobre torturas e assassinatos ocorridos no período ditatorial, não quis falar. "Não discuto isso. Digo que os políticos devem ter juízo para evitar que o País entre em um caos e alguém tenha que tomar conta. Em 1964, os jornais e a sociedade pediam a intervenção das Forças Armadas. Isso não ocorre hoje. Hoje, temos um governo que não está agradando, mas está dentro da lei."
O único palestrante convidado foi o empresário James Akel, que se referiu à presidente Dilma Rousseff como "guerrilheira" e afirmou que teria "dado um chute" nela no último debate antes da eleição de 2014. Foi aplaudido pelas cerca de 50 pessoas no Salão Nobre do Clube Militar.
O palestrante também afirmou que "impeachment não é golpismo". Indagado sobre a fala do convidado, o general disse que "hoje ainda não estão reunidas as condições para se chegar a isso".
Segundo Pimentel, o objetivo da campanha é reunir até abril artigos para debater caminhos "na busca da ética", a partir da constatação de "distorções" como "corrupção em todos os níveis", "os direitos das minorias prevalecendo sobre os da maioria e "imposição do politicamente correto". Os textos serão publicados no site do clube.