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Gasto com pessoal consome 93% do orçamento da USP

O reitor João Grandino Rodas já fala em buscar outras fontes de financiamento, como recursos da iniciativa privada

Praça do relógio na USP: estudos da própria universidade indicam que o teto para o funcionalismo seria de 85% para que as contas não fossem comprometidas (Marcos Santos/Divulgação/USP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - O gasto com pessoal, contando pagamento de salários e benefícios, vai comprometer 93% do orçamento da Universidade de São Paulo (USP) em 2013. Essa é a maior proporção dos últimos dez anos. O reitor João Grandino Rodas já fala em buscar outras fontes de financiamento, como recursos da iniciativa privada.

Pagamentos de pessoal sempre responderam por porcentuais expressivos dos orçamentos das instituições públicas paulistas de ensino superior. Mas, na USP, o montante teve aumento de 36% nos últimos três anos, chegando a R$ 3,99 bilhões - resultado de contratações, elevado número de aposentadorias de funcionários e um novo plano de carreira.

Estudos da própria USP indicam que o teto para o funcionalismo seria de 85% para que as contas não fossem comprometidas. Esse alto custo ameaça outras áreas que precisam de investimento, como pesquisa e pós-graduação, e a expansão de cursos e vagas.

Segundo o reitor, já não é possível imaginar que o Estado possa dedicar ao financiamento do ensino superior mais do que vem empregando. "Dessa forma, precisando mais do que recebe, a universidade do Estado deve recorrer a outras fontes e a iniciativa privada seria apenas uma delas", afirma.

Rodas diz que não cogita parcerias com empresas privadas para realizar obras de infraestrutura, embora a instituição tenha fechado parcerias com empresas públicas. O emprego de dinheiro privado na universidade é tema polêmico na USP. "A diversidade de pensamento na comunidade acadêmica é uma realidade e, portanto, dever-se-ia evoluir a discussão com referência e tendo em mãos proposta concreta de projeto para tanto."

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Pagamentos de pessoal sempre responderam por porcentuais expressivos dos orçamentos das instituições públicas paulistas de ensino superior. Mas, na USP, o montante teve aumento de 36% nos últimos três anos, chegando a R$ 3,99 bilhões - resultado de contratações, elevado número de aposentadorias de funcionários e um novo plano de carreira.

Estudos da própria USP indicam que o teto para o funcionalismo seria de 85% para que as contas não fossem comprometidas. Esse alto custo ameaça outras áreas que precisam de investimento, como pesquisa e pós-graduação, e a expansão de cursos e vagas.

Segundo o reitor, já não é possível imaginar que o Estado possa dedicar ao financiamento do ensino superior mais do que vem empregando. "Dessa forma, precisando mais do que recebe, a universidade do Estado deve recorrer a outras fontes e a iniciativa privada seria apenas uma delas", afirma.

Rodas diz que não cogita parcerias com empresas privadas para realizar obras de infraestrutura, embora a instituição tenha fechado parcerias com empresas públicas. O emprego de dinheiro privado na universidade é tema polêmico na USP. "A diversidade de pensamento na comunidade acadêmica é uma realidade e, portanto, dever-se-ia evoluir a discussão com referência e tendo em mãos proposta concreta de projeto para tanto."

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