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Gabrielli é intimado a testemunhar para Cerveró e Baiano

O juiz que conduz os casos da Operação Lava Jato intimou o ex-presidente da Petrobras a depor, por solicitação das defesas de Fernando Baiano e Nestor Cerveró

O ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli: depoimento será realizado no dia 23 de março (ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 20h41.

Brasília - O juiz federal Sergio Moro, que conduz os casos da Operação Lava Jato no Paraná, intimou nesta quinta-feira, dia 19, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli a depor no dia 23 de março à Justiça Federal.

Ele foi arrolado como testemunha pelas defesas do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, e do ex-diretor da estatal Nestor Cerveró.

Moro determina que o depoimento seja colhido, preferencialmente, por videoconferência.

Ele não precisará comparecer pessoalmente, portanto, na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).

O depoimento será realizado no dia 23 de março, às 15h30, conforme indicação de Moro.

Cerveró e Fernando Baiano foram presos no âmbito da Lava Jato e são apontados como elos do PMDB na arrecadação de propina da Petrobras.

São Paulo – Aos 42 anos, o juiz federal Sérgio Fernando Moro é o principal nome por trás dos feitos históricos e, por vezes, polêmicos do processo envolvendo a Operação Lava Jato – que investiga suposto esquema de corrupção na Petrobras . Deflagrada em março de 2014, a operação mirava, em um primeiro momento, desmantelar uma teia de lavagem de dinheiro estimada em 10 bilhões de reais. As investigações apontaram o envolvimento de executivos da Petrobras no esquema. Veja 6 respostas sobre a Operação Lava Jato.  No mesmo mês, o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foram presos. Um dos principais especialistas em lavagem de dinheiro do país, Moro já havia julgado Yousseff no passado durante o processo do caso Banestado. Na época, o juiz condenou 97 pessoas envolvidas no desvio de 28 bilhões de reais para o exterior. O doleiro da Lava Jato estava entre eles. Durante os últimos 16 meses de investigações, Moro colecionou práticas consideradas necessárias para uns ou questionáveis para outros (principalmente, para os defensores dos acusados), como o uso da delação premiada e a divulgação de alguns depoimentos. Em um seminário no Rio de Janeiro na útlima quinta-feira, ele negou ser herói nacional. Discreto, tende a não revelar muitos detalhes da sua vida pessoal. A esposa dele seria assessora jurídica de Flávio José Arns (PSDB), vice-governador do estado do Paraná, de acordo com informações do blog Conversa Afiada.  Moro é um dos três indicados pela Associação dos Juízes Federais do Brasil para ocupar o lugar de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. Em 2012, durante o julgamento do mensalão, foi juiz instrutor do Supremo Tribunal Federal como auxiliar da ministra Rosa Weber. Professor de Direito Processual Penal Universidade Federal do Paraná, Moro concluiu o Program of Instruction for Lawyers da Universidade de Harvard e é doutor em Direito pela UFPR.
Veja nas imagens algumas frases que revelam o pensamento do juiz.
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