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Fundação finaliza plano para recuperar Bacia do Rio Doce

O colapso da barragem em Mariana (MG), em novembro de 2015, causou o maior desastre ambiental da história do país, com a poluição do Rio Doce

Rio Doce: o plano traça as diretrizes principais para o manejo dos rejeitos resultantes do desastre (Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 13 de março de 2017 às 21h15.

Rio de Janeiro - A Fundação Renova, criada para reparar danos causados pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco , finalizou nesta segunda-feira o plano de manejo do rejeito que foi depositado na Bacia do Rio Doce, um programa que terá como objetivo minimizar o impacto do desastre.

Segundo a líder de programas socioambientais da fundação, Juliana Bedoya, a ideia da entidade é apresentar o plano aos órgãos ambientais em 20 de março, para análise e eventual aprovação.

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O colapso da barragem em Mariana (MG) , em novembro de 2015, causou o maior desastre ambiental da história do Brasil, deixando 19 mortos e centenas de desabrigados.

A lama poluiu o importante rio Doce, que percorre diversas cidades para desaguar no litoral do Espírito Santo.

A Samarco é uma joint venture que pertence à brasileira Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, e à anglo-australiana BHP Billiton. Atualmente a empresa busca licenças ambientais para voltar a operar este ano.

O plano, criado após três workshops e com a participação de 80 especialistas, de 30 instituições, incluindo academia, órgãos ambientais e consultorias, traça as diretrizes principais para o manejo dos rejeitos resultantes do desastre.

Juliana Bedoya explicou que o planejamento prevê a divisão da Bacia do Rio Doce em 14 trechos, a partir do nível de impacto dos rejeitos, e a criação de técnicas específicas para a recuperação ambiental dessas áreas. Segundo ela, foram identificados oito tipos diferentes de deposição.

"Isso foi um grande passo que nós demos. A partir daí, a gente conseguir definir exatamente o que vai ser feito em cada trecho do rio em relação a rejeito...", afirmou a especialista à Reuters, explicando que um cronograma de ações apenas será definido após a aprovação do plano.

O plano de manejo também apresenta o mapeamento de técnicas de remoção do rejeito que poderão ser usadas, como escavação, dragagem e a retirada manual em locais sensíveis.

Os órgãos responsáveis pela aprovação serão Ibama, Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad).

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