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Funcionários da USP encerram greve e TRT decide reajuste

Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 12,34%, mas a USP oferece 3%


	Greve: os trabalhadores pedem reajuste salarial de 12,34%, mas a USP oferece 3%
 (Divulgação / Site Sindicato dos Trabalhadores da USP)

Greve: os trabalhadores pedem reajuste salarial de 12,34%, mas a USP oferece 3% (Divulgação / Site Sindicato dos Trabalhadores da USP)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 12h08.

São Paulo - Os funcionários da Universidade de São Paulo (USP) retornaram hoje (19) ao trabalho, após mais de dois meses de paralisação, mesmo sem acordo com a instituição.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julgará o dissídio coletivo em aproximadamente 20 dias. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 12,34%, mas a USP oferece 3%.

De acordo com Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), os funcionários ficaram isolados, já que os professores retornaram às atividades no dia 30 de junho.

“E a greve perde um pouco do sentido porque estamos em período de férias”, explicou.

O corte de ponto afetou 460 funcionários, segundo o sindicato. A USP informou que ofereceu o pagamento do equivalente a 50% dos dias parados, no período entre 12 de maio e 12 de julho, a título de antecipação salarial, desde que os funcionários compensassem as horas não trabalhadas. A proposta não foi aceita pelos empregados.

O TRT determinou há cinco dias o não pagamento dos dias parados, mas a questão ainda será decidida no julgamento do dissídio. Será avaliado também o congelamento do valor dos benefícios, como vale alimentação, que estão sem reajuste há 3 anos.

Demissões Voluntárias

A partir de agosto, a USP vai iniciar o Plano de Demissão Voluntária (PDV). Para Magno, se não houver novas contratações com a saída desses funcionários, o trabalho na universidade se tornará inviável. “A ideia é sucatear a USP, para depois privatizar e cobrar mensalidade”, criticou.

Levantamento do sindicato aponta que, no último PDV,  em 2014, a adesão foi de 1.433 funcionários. Com o aumento da carga de trabalho para os que permaneceram na universidade, 500 funcionários acabaram pedindo demissão.

Outro problema enfrentado, segundo o sindicalista, é a redução do regime de dedicação exclusiva entre os docentes. Atualmente, dos cinco mil professores, somente três mil trabalham sob esse regime. “Os professores estão revoltados”, completou Magno.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa da universidade, mas não obteve retorno.

Outras universidades

Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os professores retornaram ao trabalho, mas os estudantes continuam em greve. Já na Universidade Estadual Paulista (Unesp), a greve segue tanto entre os docentes, quanto entre os estudantes.

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