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Funcionário de presídio é acusado de passar informação a detentos

A Polícia Civil do AM descobriu que o empregado, cujo nome não foi revelado, passava informações a um detento sobre o número de agentes na guarita

Compaj: em depoimento no sábado, ele negou ter passado as informações privilegiadas aos presos, mas testemunhas o desmentiram (Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 17h39.

Um funcionário da empresa Umanizzare, responsável pela gestão do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), foi preso no último sábado (14).

Investigações da Polícia Civil do Amazonas descobriram que o empregado, cujo nome não foi revelado, passava informações a um detento sobre o número de agentes na guarita e no portão operacional, chamado P3.

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O P3, segundo a polícia, é um local estratégico para uma possível rebelião no Compaj. O funcionário foi preso, prestou depoimento e depois foi liberado, ficando à disposição da Justiça.

Em depoimento no sábado, ele negou ter passado as informações privilegiadas aos presos, mas testemunhas o desmentiram.

Segundo as investigações, o funcionário passava informações a um preso que estava na enfermaria após fingir uma doença. "Com a volta do interno ao pavilhão, iniciou-se um tumulto nas celas, onde os internos batiam nas grades e ameaçavam queimar colchões. Rapidamente o tumulto foi cessado com o acionamento do reforço emergencial das forças de segurança", disse a polícia, em nota.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que abrirá um processo administrativo na Corregedoria do Sistema Penitenciário. Mesmo sendo um funcionário terceirizado, ele é equiparado a um funcionário público para fins penais e responderá por delito contra a Administração Pública.

Em nota, a Umanizzare esclareceu que abriu uma sindicância interna para apurar os fatos e que o funcionário está afastado de suas funções até o final do procedimento administrativo.

"A empresa reafirma que, quando denunciado, apurado ou constatado qualquer ato indisciplinar ou infracional cometido por qualquer de seus colaboradores, a Umanizzare toma de imediato as providências cabíveis, reportando-se, como é o dever legal, à autoridade policial".

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