Fuga em Mossoró: "Se houve falha, terá que ser punida", diz Lewandowski
Ministro disse desconhecer relatórios de inteligência que mostravam 124 aparelhos sem funcionar e alertavam para problemas de segurança
Agência de notícias
Publicado em 18 de fevereiro de 2024 às 16h56.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2024 às 17h38.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, defendeu punições caso seja comprovado que houve falha no sistema de segurança do Presídio Federal de Mossoró.
Segundo mostrou o colunista Lauro Jardim, do GLOBO, neste domingo, 18, relatório de inteligência da unidade prisional elaborados por autoridades policiais em maio de 2021, ainda no governo de Jair Bolsonaro, aponta que 124 câmeras de segurança estavam sem funcionar.
Um segundo documento, de setembro de 2023, já na atual gestão, relata problemas de segurança no chamado shaft, área onde ficam as tubulações. Questionado sobre esses relatórios, o ministro disse não ter recebido, em sua gestão informações oficiais sobre o presídio de Mossoró.
"Não tivemos nenhuma informação se tivesse vindo oportunamente. Ia ser corrigido, obviamente. Tudo que está sendo coletado em termos de documentos vai ser rigorosamente apurado e se houver alguma responsabilidade, aquele que for, enfim, responsável por uma falha funcional, terá que ser punido na forma da lei", disse o ministro.
Ida de Lewandoski a Mossoró
Lewandowski chegou na manhã deste domingo, 18, a Mossoró (RN) para acompanhar as investigações sobre a fuga de dois detentos da penitenciária federal localizada na cidade. Em entrevista após se reunir com a governadora do estado, Fátima Bezerra, e autoridades policiais, ele disse que a expectativa é que ambos sejam recapturados em breve.
Os dois detentos que fugiram da Penitenciária federal de Mossoró na quarta-feira passada fizeram uma família refém na noite desta sexta-feira. De acordo com investigadores, os fugitivos invadiram a casa de uma família numa área rural da cidade, pediram comida, queriam ver notícias sobre a fuga e roubaram celulares. A dupla ficou no local por cerca de quatro horas, não pediu dinheiro e fugiu a pé.