Brasil

Financial Times elogia Levy, mas questiona autonomia

Versão eletrônica do jornal traz reportagem com tom elogioso ao perfil do próximo ministro da Fazenda

Joaquim Levy, indicado para assumir o Ministério da Fazenda, durante anúncio da nova equipe econômica (Ueslei Marcelino/Reuters)

Joaquim Levy, indicado para assumir o Ministério da Fazenda, durante anúncio da nova equipe econômica (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 17h08.

Londres - A versão eletrônica do jornal britânico Financial Times traz reportagem com tom elogioso ao perfil do próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para o jornal, a escolha pode representar o início de uma "virada" na economia. 

O texto, porém, questiona a autonomia que lhe será dada pela presidente Dilma Rousseff.

"A nomeação de Levy e sua equipe econômica é, potencialmente, o maior ponto de virada para a economia do Brasil desde que Dilma Rousseff tomou posse ao suceder o antecessor popular, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2011", cita a reportagem "Ministro brasileiro testará relação com Rousseff".

O texto destaca a formação na ortodoxa Universidade de Chicago e cita que o ex-secretário do Tesouro Nacional adotou medidas ortodoxas para equilibrar as contas públicas no governo Lula.

Após conversar com ex-colegas de Levy na academia e no setor privado, o FT destaca que o então diretor da Bradesco Asset Management tentava "ver as coisas positivas" que aconteciam no Brasil. Ainda que alguns citem que seria uma tentativa de fazer uma "política viável", alguns dos entrevistados levantam a hipótese de choque com a presidente Dilma Rousseff em "momentos de crise quando ele tentar tomar decisões difíceis".

Um dos entrevistados pelo FT cita que até se o poderoso ex-presidente do Federal Reserve Ben Bernanke assumisse o Ministério da Fazenda do Brasil "não faria a menor diferença se Dilma não estivesse no mesmo barco".

"Ter uma voz da razão e ter uma voz sólida ortodoxa dentro do gabinete é muito valioso, mas, no fim, as políticas serão decisão de Dilma", disse um dos ouvidos.

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