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FT destaca desafios da produção de petróleo no pré-sal

Os elevados investimentos necessários para os projetos podem pressionar o endividamento da Petrobras, diz Financial Times

Segundo o jornal britânico, as reservas devem transformar o País "em um dos maiores produtores de petróleo nesta década". (Divulgação/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 16h24.

São Paulo - O gigantismo dos investimentos e dos desafios impostos pela produção de petróleo nos campos do pré-sal no Brasil é destaque hoje no Financial Times. Segundo o jornal britânico, as reservas devem transformar o País "em um dos maiores produtores de petróleo nesta década". Entretanto, os elevados investimentos necessários para os projetos podem pressionar o endividamento da empresa.

O jornal indica a lista de objetivos impostos à Petrobras pelo pré-sal. A estatal planeja dobrar a produção de petróleo no Brasil e necessitará, por exemplo, de uma frota de navios maior do que a de muitas marinhas pelo mundo. A companhia precisará de 28 navios-sonda, ou um terço da frota mundial, 146 navios de suplemento e 72 navios-tanque.

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Segundo o Financial Times, quando os campos do pré-sal atingirem produção máxima eles "transformarão a Petrobras e a indústria de petróleo da maior economia da América Latina para sempre". O aumento da produção de barris de petróleo - de 2 milhões por dia para 4 milhões diários até 2020 - vai elevar a importância do setor no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Porém, o diário britânico aponta que existem preocupações sobre a grande necessidade de investimentos, de US$ 224 bilhões até 2014, o que colocaria em risco o nível de endividamento da empresa. Para garantir o grau de investimento das agências de risco, a estatal precisa manter a dívida líquida em relação ao patrimônio abaixo de 35%.

Analistas acreditam que o plano de captação da estatal pode ser "muito ambicioso" para o mercado. As empresas brasileiras levantaram US$ 47 bilhões em dívidas no ano passado, acima dos US$ 30 bilhões de 2009, conforme dados da Dealogic. "O começo deste ano também foi positivo, mas não há garantia de que isso vai continuar."

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