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Frentes de esquerda se mobilizam em Buenos Aires por Lula

Manifestantes gritaram palavras de apoio ao ex-presidente brasileiro na frente da embaixada brasileira

Lula: ex-presidente cumpre pena na sede da Polícia Federal em Curitiba desde o último dia 7 de abril (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Lula: ex-presidente cumpre pena na sede da Polícia Federal em Curitiba desde o último dia 7 de abril (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 13 de abril de 2018 às 22h25.

Última atualização em 13 de abril de 2018 às 22h26.

Frentes argentinas de esquerda protagonizaram nesta sexta-feira uma nova mobilização em frente à embaixada do Brasil na Argentina, a terceira desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A concentração, da qual participaram dezenas de pessoas com palavras de ordem a favor de Lula e contra o presidente Michel Temer e suas reformas, foi organizada pelo Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS) e o Partido Operário (PO).

O integrante e membro fundador do Partido Operário, Jorge Altamira, declarou em entrevista à Agência Efe que a manifestação de hoje foi um "ato de solidariedade com o povo brasileiro".

"Concordamos que a detenção de Lula e outros aspectos que estão ocorrendo no Brasil fazem parte de um golpe político, de um golpe extraconstitucional que, além disso, tem o apoio das forças armadas, e nos mobilizamos em defesa dos direitos democráticos no Brasil", comentou o candidato à presidência do país em 2011.

Para Altamira, nas últimas décadas tem se desenvolvido uma "consciência de unidade" na América Latina que sua frente, "longe de querer restringir", quer "ampliar e aprofundar".

"Nós temos que levar em conta que na América Latina não só houve uma destituição presidencial no Brasil, mas em Honduras, também ocorreu no Paraguai" destacou, acrescentando que é uma "nova forma de golpismo" que "não conclui em um governo militar".

Por sua vez, o dirigente do PTS e deputado nacional pela Frente de Esquerda dos Trabalhadores (FIT), Nicolás del Caño, lamentou que "se as medidas de ajuste avançam no Brasil, vão avançar na Argentina".

"Nos parece fundamental que todos os trabalhadores e o povo da Argentina e de toda América Latina repudie esta situação que se está vivendo porque a política de Macri é similar à de Temer, não por acaso foi o primeiro presidente em reconhecer o governo golpista do corrupto Temer", ressaltou Del Caño.

Esta é a terceira vez em uma semana na qual defensores de Lula se concentram em frente à embaixada na capital argentina para protestar e pedir a liberdade do ex-presidente, provocando paralisações na circulação da avenida 9 de Julho, paralela ao edifício e uma das principais da cidade.

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