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Francisco agita Igreja nas ruas do Rio de Janeiro

No trajeto entre a Quinta da Boa Vista até o Palácio São Joaquim, papa arrastou multidões e mostrou disposição para "agitar" a Igreja

Papa Francisco discursa na praia de Copacabana: à noite, Francisco irá se deslocar de papamóvel descoberto pela praia de Copacabana, até chegar à representação das 14 estações da Via Crucis (Stefano Rellandini/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 13h51.

Rio de Janeiro - No trajeto que o levou da Quinta da Boa Vista, onde ouviu a confissão de cinco jovens, até o Palácio São Joaquim, na Glória, o papa Francisco arrastou multidões pelas ruas por onde passou na manhã desta sexta-feira e mostrou disposição para cumprir ao pé da letra sua máxima de "agitar" a Igreja.

O Papa, que convocou os jovens a fazer "bagunça" e a levar a Igreja para as ruas para que não se torne "uma ONG", almoçará com 12 peregrinos da JMJ dos cinco continentes.

No palácio São Joaquim, residência do arcebispo do Rio, Francisco teve um encontro privado com cinco detentos e falou a uma multidão que o aguardava do lado de fora.

À noite, ele voltará à praia de Copacabana para uma representação da Via Sacra, da qual participarão 280 atores. O evento deve contar com mais de um milhão de pessoas.

O "papa do povo", de 76 anos, começou suas atividades nesta sexta-feira fria, de céu aberto, com a confissão de cinco jovens. Segundo o padre Leonardo Lopes, foram três brasileiros, uma venezuelana e uma italiana, escolhidos ao acaso entre mais de 300.000 peregrinos.

Durante mais de cinco minutos, a venezuelana Estefani Lescaño, 21 anos, pôde falar com o Santo Padre. "Foi uma confissão normal, e depois conversamos, pedi que ele visitasse meu país, que precisa tanto dele. Ele me respondeu que os venezuelanos não têm pecados", contou à AFP a estudante.

"A conversa com o Papa foi rápida mas muito contagiante pela sua simplicidade, pelo calor que ele nos transmite com seu olhar", disse o brasileiro Wellington de Mello, 23 anos, também agraciado com a confissão ao pontífice.


A confissão - a reconciliação com Deus - é um destaque do pontificado de Francisco, que se mostrou acessível em sua primeira viagem à região onde nasceu e viveu por quase toda a vida, se aproximando do povo e aceitando até um chimarrão oferecido por um peregrino enquanto se deslocava de papamóvel.

Na quinta-feira o papa Francisco caminhou pelas ruas da favela da Varginha, onde visitou uma família e pediu mais inclusão social para os pobres, além de apelar para que não fiquem desanimados com a corrupção, após as recentes manifestações que sacudiram o Brasil.

Desafiando a chuva e um frio incomum no Rio, 1,5 milhão de pessoas aclamaram o primeiro papa latino-americano da história na noite de quinta-feira na praia de Copacabana, onde deu as boas-vindas aos peregrinos que participam da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"Inesquecível Festa de Acolhida em Copacabana! Que Deus lhes abençoe a todos!", afirmou o Papa argentino em sua conta no Twitter na manhã desta sexta-feira.

"Francisco é o papa da periferia e nos ensina a ver aqueles que estão na periferia de nosso coração. É o Francisco dos novos tempos e o que falta para a Igreja", disse à AFP irmã Gabriela, uma freira argentina de 38 anos que foi vê-lo em Copacabana.

A América Latina é a região com mais católicos no mundo, mais de 40% do total, mas perde fiéis há 30 anos, enquanto crescem as igrejas pentecostais e o laicismo.


Durante a noite, Francisco voltará a se deslocar de papamóvel descoberto pela praia de Copacabana, até chegar à representação das 14 estações da Via Crucis, adaptadas a temas como as redes sociais, as drogas, a religiosidade, a defesa da vida e os doentes terminais. Em cada estação uma pessoa falará, entre elas um missionário, um ex-viciado e uma religiosa que luta contra o aborto.

Francisco pronunciará posteriormente um discurso diante de um mar de gente que estima-se que voltará a superar um milhão de pessoas.

"O papa mostra durante esta viagem, assim como em Roma, uma energia incrível. Não aproveita nem mesmo os momentos nos quais podia descansar! Está sempre em ação", disse o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi.

"Veremos até que ponto conseguimos segui-lo e até quando conservará este nível de energia", acrescentou brincando.

Devido à chuva, a programação da JMJ dos próximos dias foi modificada: a peregrinação de 13 km prevista para sábado foi cancelada, assim como uma vigília na noite de sábado no Campo da Fé, um terreno de 300 hectares em Guaratiba que ficou cheio de lama.

Em vez da vigília, será realizada uma oração em Copacabana na noite de sábado que também contará com a presença do pontífice.

A missa de encerramento da JMJ, também prevista para Guaratiba, foi transferida para a praia de Copacabana.

Desde janeiro, centenas de operários trabalhavam na construção de um enorme e caro altar circular com centenas de colunas no Campo da Fé, que agora se tornou um "elefante branco".

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O Papa, que convocou os jovens a fazer "bagunça" e a levar a Igreja para as ruas para que não se torne "uma ONG", almoçará com 12 peregrinos da JMJ dos cinco continentes.

No palácio São Joaquim, residência do arcebispo do Rio, Francisco teve um encontro privado com cinco detentos e falou a uma multidão que o aguardava do lado de fora.

À noite, ele voltará à praia de Copacabana para uma representação da Via Sacra, da qual participarão 280 atores. O evento deve contar com mais de um milhão de pessoas.

O "papa do povo", de 76 anos, começou suas atividades nesta sexta-feira fria, de céu aberto, com a confissão de cinco jovens. Segundo o padre Leonardo Lopes, foram três brasileiros, uma venezuelana e uma italiana, escolhidos ao acaso entre mais de 300.000 peregrinos.

Durante mais de cinco minutos, a venezuelana Estefani Lescaño, 21 anos, pôde falar com o Santo Padre. "Foi uma confissão normal, e depois conversamos, pedi que ele visitasse meu país, que precisa tanto dele. Ele me respondeu que os venezuelanos não têm pecados", contou à AFP a estudante.

"A conversa com o Papa foi rápida mas muito contagiante pela sua simplicidade, pelo calor que ele nos transmite com seu olhar", disse o brasileiro Wellington de Mello, 23 anos, também agraciado com a confissão ao pontífice.


A confissão - a reconciliação com Deus - é um destaque do pontificado de Francisco, que se mostrou acessível em sua primeira viagem à região onde nasceu e viveu por quase toda a vida, se aproximando do povo e aceitando até um chimarrão oferecido por um peregrino enquanto se deslocava de papamóvel.

Na quinta-feira o papa Francisco caminhou pelas ruas da favela da Varginha, onde visitou uma família e pediu mais inclusão social para os pobres, além de apelar para que não fiquem desanimados com a corrupção, após as recentes manifestações que sacudiram o Brasil.

Desafiando a chuva e um frio incomum no Rio, 1,5 milhão de pessoas aclamaram o primeiro papa latino-americano da história na noite de quinta-feira na praia de Copacabana, onde deu as boas-vindas aos peregrinos que participam da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"Inesquecível Festa de Acolhida em Copacabana! Que Deus lhes abençoe a todos!", afirmou o Papa argentino em sua conta no Twitter na manhã desta sexta-feira.

"Francisco é o papa da periferia e nos ensina a ver aqueles que estão na periferia de nosso coração. É o Francisco dos novos tempos e o que falta para a Igreja", disse à AFP irmã Gabriela, uma freira argentina de 38 anos que foi vê-lo em Copacabana.

A América Latina é a região com mais católicos no mundo, mais de 40% do total, mas perde fiéis há 30 anos, enquanto crescem as igrejas pentecostais e o laicismo.


Durante a noite, Francisco voltará a se deslocar de papamóvel descoberto pela praia de Copacabana, até chegar à representação das 14 estações da Via Crucis, adaptadas a temas como as redes sociais, as drogas, a religiosidade, a defesa da vida e os doentes terminais. Em cada estação uma pessoa falará, entre elas um missionário, um ex-viciado e uma religiosa que luta contra o aborto.

Francisco pronunciará posteriormente um discurso diante de um mar de gente que estima-se que voltará a superar um milhão de pessoas.

"O papa mostra durante esta viagem, assim como em Roma, uma energia incrível. Não aproveita nem mesmo os momentos nos quais podia descansar! Está sempre em ação", disse o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi.

"Veremos até que ponto conseguimos segui-lo e até quando conservará este nível de energia", acrescentou brincando.

Devido à chuva, a programação da JMJ dos próximos dias foi modificada: a peregrinação de 13 km prevista para sábado foi cancelada, assim como uma vigília na noite de sábado no Campo da Fé, um terreno de 300 hectares em Guaratiba que ficou cheio de lama.

Em vez da vigília, será realizada uma oração em Copacabana na noite de sábado que também contará com a presença do pontífice.

A missa de encerramento da JMJ, também prevista para Guaratiba, foi transferida para a praia de Copacabana.

Desde janeiro, centenas de operários trabalhavam na construção de um enorme e caro altar circular com centenas de colunas no Campo da Fé, que agora se tornou um "elefante branco".

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