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Força-tarefa no Rio negocia nova delação envolvendo Cabral

O doleiro Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, estaria em tratativas para assinar o acordo de delação premiada

Sérgio Cabral: integrantes do MPF acreditam que repasses ao exterior podem chegar a R$ 1 bilhão (VEJA,.com/Reprodução)

Sérgio Cabral: integrantes do MPF acreditam que repasses ao exterior podem chegar a R$ 1 bilhão (VEJA,.com/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de fevereiro de 2017 às 10h39.

Rio e Brasília - A força-tarefa da Lava Jato no Rio negocia, em estágio avançado, uma nova delação premiada que revelaria detalhes de supostos envios de propinas ao exterior para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Segundo fontes próximas às investigações, o doleiro Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, está em tratativas para assinar o acordo de delação premiada.

A colaboração avança sobre repasses no exterior, que integrantes do Ministério Público Federal (MPF) acreditam que podem chegar a R$ 1 bilhão.

Em outra ponta, os procuradores têm progredido nas apurações sobre fraude em licitações no Estado do Rio que podem atingir o ex-secretário estadual da Saúde Sérgio Cortes. O MPF suspeita da existência de irregularidades na conquista de licitações na área da Saúde.

Cortes acompanhou Cabral na viagem a Paris, em 2009, que se tornou conhecida após a divulgação de fotos de parte da comitiva em uma festa portando guardanapos na cabeça. Além de Cortes e Cabral, o então secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, estava no grupo que acompanhava o então governador e virou alvo das investigações.

Juca Bala, brasileiro que morava em Montevidéu, no Uruguai, teria começado a atuar para o esquema de Cabral quando os doleiros Renato e Marcelo Chebar - que já fecharam acordo de delação - passaram a ter dificuldades em tocar a operação do ex-governador. O motivo teria sido o aumento do volume de propina depois de 2007, quando Cabral assumiu o governo do Rio.

Os irmãos doleiros já revelaram como a organização criminosa liderada por Cabral ocultou mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões) com o envio de propinas para o exterior.

Defesas

Cortes negou irregularidades durante sua gestão. Procurado na noite de ontem, Fichtner não se posicionou até as 21 horas. Os advogados de Cabral não responderam aos contatos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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