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Força-tarefa da Lava Jato apura elo de Teixeira com sítio

O negócio da compra do sítio foi formalizado no fim de 2010, no escritório de Teixeira, amigo pessoal de Lula e padrinho de seu filho caçula, Luís Cláudio

Compra do sítio em Atibaia: o negócio foi formalizado no fim de 2010, no escritório de Teixeira, amigo pessoal de Lula e padrinho de seu filho caçula, Luís Cláudio (Hugo Villalobos/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2016 às 11h39.

- A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga quais as relações do advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , com a compra e a reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).

O negócio foi formalizado no fim de 2010, no escritório de Teixeira, na capital paulista, conforme revelou ontem o Estado com base nas escrituras de compra e venda da propriedade.

O sítio de Atibaia está em nome de Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas (SP) Jacó Bittar, fundador do PT e amigo pessoal de Lula, que deixou o partido sob suspeita de irregularidades, e do empresário Jonas Suassuna - sócio de um dos filhos do ex-presidente.

A família de Lula usa frequentemente o sítio, que foi totalmente reformado em 2011, após sua compra.

As suspeitas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal são de que pelo menos duas empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobras - OAS e Odebrecht - tenham executados os serviços, de maneira irregular.

Bittar e Suassuna podem ter servido para ocultar os verdadeiros donos do sítio, que tem 173 mil metros quadrados, lago, piscina e uma ampla residência, suspeitam os investigadores.

A PF solicitou ao Cartório de Registros de Imóveis de Atibaia cópia da matrícula e do contrato de compra e venda do sítio. Segundo o registro, foram pagos por Bittar e Suassuna R$ 1,5 milhão pelo sítio.

O negócio formalizado em 29 de outubro de 2010, dois dias antes da eleição da presidente Dilma Rousseff , no 19º andar de um prédio de escritórios na Rua Padre João Manuel, nos Jardins, zona sul de São Paulo, onde funciona o Teixeira, Martins e Advogados.

Teixeira é amigo de Lula desde os anos 1980 e padrinho do filho caçula do ex-presidente, Luis Cláudio - que mora em um apartamento registrado em nome de uma empresa da família do advogado, também nos Jardins.

Topógrafo

O elo de Teixeira com o sítio foi descoberto após o topógrafo Cláudio Benatti, identificado pela Polícia Federal como responsável pelas medições e plantas do Sítio Santa Bárbara, ter afirmado ao Estado, no dia 12 de janeiro, que o compadre do ex-presidente Lula era quem indicava os serviços a serem feitos na propriedade em Atibaia.

"Todos os serviços que foram executados, meus, de topografia, sempre foram o Roberto Teixeira. 'Ó fulano está precisando que você faça isso"', afirmou Benatti, na época. A Lava Jato já apurava a reforma no Sítio Santa Bárbara desde abril de 2015.

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- A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga quais as relações do advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , com a compra e a reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).

O negócio foi formalizado no fim de 2010, no escritório de Teixeira, na capital paulista, conforme revelou ontem o Estado com base nas escrituras de compra e venda da propriedade.

O sítio de Atibaia está em nome de Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas (SP) Jacó Bittar, fundador do PT e amigo pessoal de Lula, que deixou o partido sob suspeita de irregularidades, e do empresário Jonas Suassuna - sócio de um dos filhos do ex-presidente.

A família de Lula usa frequentemente o sítio, que foi totalmente reformado em 2011, após sua compra.

As suspeitas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal são de que pelo menos duas empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobras - OAS e Odebrecht - tenham executados os serviços, de maneira irregular.

Bittar e Suassuna podem ter servido para ocultar os verdadeiros donos do sítio, que tem 173 mil metros quadrados, lago, piscina e uma ampla residência, suspeitam os investigadores.

A PF solicitou ao Cartório de Registros de Imóveis de Atibaia cópia da matrícula e do contrato de compra e venda do sítio. Segundo o registro, foram pagos por Bittar e Suassuna R$ 1,5 milhão pelo sítio.

O negócio formalizado em 29 de outubro de 2010, dois dias antes da eleição da presidente Dilma Rousseff , no 19º andar de um prédio de escritórios na Rua Padre João Manuel, nos Jardins, zona sul de São Paulo, onde funciona o Teixeira, Martins e Advogados.

Teixeira é amigo de Lula desde os anos 1980 e padrinho do filho caçula do ex-presidente, Luis Cláudio - que mora em um apartamento registrado em nome de uma empresa da família do advogado, também nos Jardins.

Topógrafo

O elo de Teixeira com o sítio foi descoberto após o topógrafo Cláudio Benatti, identificado pela Polícia Federal como responsável pelas medições e plantas do Sítio Santa Bárbara, ter afirmado ao Estado, no dia 12 de janeiro, que o compadre do ex-presidente Lula era quem indicava os serviços a serem feitos na propriedade em Atibaia.

"Todos os serviços que foram executados, meus, de topografia, sempre foram o Roberto Teixeira. 'Ó fulano está precisando que você faça isso"', afirmou Benatti, na época. A Lava Jato já apurava a reforma no Sítio Santa Bárbara desde abril de 2015.

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