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"Fome não pode ser tratada com questões ideológicas", diz Doria

O tucano defendeu o Programa de Alimentação Solidária, lançado pela prefeitura, e criticou os partidos que se posicionaram contra a iniciativa

Doria: "A prioridade em São Paulo é a população desfavorecida" (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

Doria: "A prioridade em São Paulo é a população desfavorecida" (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2017 às 19h22.

Última atualização em 19 de outubro de 2017 às 19h23.

Goiânia - O prefeito de São Paulo, João Doria, criticou nesta quinta-feira, 19, os partidos de oposição que têm se manifestado contrariamente ao Programa de Alimentação Solidária, lançado pela prefeitura.

O programa prevê a distribuição de um composto, chamado "farinata", feito com base em alimentos que não seriam comercializados, para a população carente da capital paulista. "

"Vamos tirar um pouco desse aspecto ideológico que este tema acabou tendo na cidade de São Paulo, com manifestações do PSOL, do PT, dos partidos de esquerda", afirmou o prefeito, após reunião com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em visita à capital goiana.

Doria aproveitou para criticar o governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva que, segundo ele, desejou fazer o Fome Zero durante dois anos e "nada fez".

"Consumiu milhões de reais e não implantou o Fome Zero. Nós estamos criando um programa, na verdade, adotando um programa, eu repito, que é bom, que é positivo e vamos fazê-lo gradualmente, sem pressa, sem afobação, e principalmente sem viés ideológico", afirmou o prefeito.

O prefeito de São Paulo enfatizou não ter pressa na implantação do programa. "Não temos que ter pressa, temos que ter eficiência. E volto a dizer as palavras do cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, 'fome não tem partido', fome não pode ser tratada com questões ideológicas e partidárias".

Doria explicou que o programa de alimentação solidária foi desenvolvido por uma ONG, apresentado à Cúria Metropolitana de São Paulo, que ofereceu à prefeitura essa alternativa.

"A prioridade em São Paulo é a população desfavorecida, as populações em situação de rua e aqueles que precisam de alimentação adequada. E onde puder haver alguma complementação, isso será feito", disse.

 

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