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Fipe: pico da alta da passagem no IPC será em fevereiro

Ao lado das mensalidades escolares e alimentos, o reajuste nas passagens de ônibus figura na lista dos principais vilões da inflação no começo de 2011

Inadimplência também entra no cálculo do reajuste das tarifas (Andreas Rentz/Getty Images)

Inadimplência também entra no cálculo do reajuste das tarifas (Andreas Rentz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 15h48.

São Paulo - O pico do impacto do reajuste de 11,11% nas passagens de ônibus em São Paulo será verificado no início de fevereiro no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A informação é do gerente técnico de pesquisas do indicador, Moacir Mokem Yabiku, que, em entrevista à Agência Estado, divulgou que a Fipe calculou uma estimativa de alta de 8,88% para o item Ônibus na primeira quadrissemana do próximo mês.

Hoje, a Fipe divulgou que o item apresentou elevação de 3,41% na segunda quadrissemana de janeiro e liderou o ranking de contribuição de altas para o IPC do período, com 0,15 ponto porcentual da taxa geral de inflação de 0,86%. Conforme as estimativas do instituto, o item deverá mostrar alta de 5,89% na terceira quadrissemana de janeiro e fechar o mês com uma variação positiva de 8,43%.

De acordo com Yabiku, o impacto do reajuste na tarifa deverá sair totalmente do IPC somente no início de março. Após o pico da primeira quadrissemana de fevereiro, a previsão da Fipe é de que o item Ônibus apresente elevação de 6,33% na segunda quadrissemana do mês, alta de 3,83% na terceira leitura e chegue ao final de fevereiro com uma variação positiva de 1,40%.

Ao lado do reajuste sazonal das mensalidades escolares e da alta dos alimentos in natura em função das chuvas, o reajuste nas passagens de ônibus figura na lista dos principais vilões da inflação do começo de 2011. Em janeiro de 2010, o reajuste de 17,4% autorizado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, nas tarifas do meio de transporte foi considerado o principal responsável pela forte taxa de 1,34% do IPC daquele mês, a maior desde fevereiro de 2003 (1,61%).

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