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Financiadores da invasão bolsonarista foram identificados em dez estados, diz ministro

Segundo ministro da Justiça, Flávio Dino, empresários bancaram o fretamento de ônibus para levar bolsonaristas a Brasília

Flávio Dino: ministro da Justiça disse que empresários bancaram fretamento de ônibus (FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/Estadão Conteúdo)

Flávio Dino: ministro da Justiça disse que empresários bancaram fretamento de ônibus (FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/Estadão Conteúdo)

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Agência O Globo

Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 06h34.

Um dia após os atos terroristas em Brasília, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o governo já identificou que a Polícia Rodoviária Federal identificou os responsáveis por financiar o transporte de manifesntes golpistas para Brasília em dez estados. Na véspera, mais de cem ônibus chegaram à capital federal. Segundo Dino, empresários bancaram o fretamento desses veículos.

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"O que é possível afirmar cabalmente é que havia financiamentos. Temos a relação de todos os contratantes dos ônibus. E essas pessoas serão chamadas porque contrataram os veículos e não eram para excursões turísticas", disse ele.

Dino também afirmou que é "inequívoco" que há empresários do agronegócio entre os financiadores dos atos, mas ponderou que é preciso evitar generalizações.

"Que há pessoas vinculadas a este segmento é inequívoco. Mas isso não significa uma generalização", afirmou.

Em entrevista nesta segunda-feira para fazer um balanço sobre os atos deste domingo, o ministro da Justiça disse que a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 40 ônibus que transportavam manifestantes dos atos de ontem. Em um deles, foi encontrada uma arma de fogo, "o que mostra uma preparação de atos de violência", ressaltou ele.

Ao reunir governadores no Palácio do Planalto na noite desta segunda-feira, o presidente Lui Inácio Lula da Silva disse que não vão parar de investigar nas pessoas que estiveram no ato, que, segundo ele, "possivelmente são vítimas, que possivelmente são massa de manobra, que possivelmente receberam ajuda, lanche, comida para vir aqui protestar".

 

"Os mandantes certamente não vieram aqui e nós queremos saber quem financiou, queremos saber quem custeou, quem pagou para as pessoas ficarem tanto tempo, tanto tempo."

Depois, ao caminhar com governadores e chefes do poderes do Palácio ao STF, o presidente voltou a falar que acredita que houve falha:

"Não vamos dar trégua até descobrirmos os responsáveis que financiou tudo o que aconteceu nesse país."

Questionado se o Exército falhou na segurança do Planalto, Lula respondeu:

"Eu não vou encontrar culpado agora, o que acho é que houve uma falha que ninguém esperava que no domingo acontecesse um ato de vandalismo. Afinal de contas tínhamos tido no domingo anterior a maior festa democrática que Brasília teve conhecimento. Jamais alguém esperava que em um ambiente tão tranquilo fosse acontecer esse ato de vandalismo."

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