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Fim de relação abusiva é hora de maior risco para mulher, diz MPRJ

Lei Maria da Penha chega aos 12 anos: desde que a Lei de Feminicídio foi criada, em 2015, foram registradas 170 denúncias

Exposição fotográfica de Marcio Freitas em praia de Copacabana, RJ, em junho de 2016: protesto pelo estupro coletivo de uma garota de 16 anos que ocorreu em maio daquele ano (Mario Tama/Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 14h41.

Última atualização em 7 de agosto de 2018 às 14h55.

O momento em que a mulher decide sair de uma relação abusiva e dizer "não" ao parceiro é a hora de maior risco para as mulheres. A afirmação foi feita pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Violência Doméstica contra a Mulher e Núcleo de Gênero, promotora Lúcia Iloizio, durante ação social hoje (7) no Rio de Janeiro para celebrar os 12 anos de Lei Maria da Penha, que visa proteger mulheres da violência física e verbal.

"Nós estamos aqui para fazer um trabalho de conscientização com relação à Lei Maria da Penha e também para chamar atenção para esse quantitativo [de denúncias de feminicídio]. Mulheres têm perdido a vida em razão da violência doméstica e o momento de maior risco para elas é quando decidem dizer 'não' àquela relação abusiva. Então todo o cuidado é pouco", reforçou a promotora. O evento conta com a ouvidoria itinerante do MPRJ e oferece gratuitamente a segunda via de identidade e certidões de nascimento, casamento e óbito.

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Lúcia Iloizio também reforçou a importância de as mulheres não se calaram diante de casos de violência doméstica. "Infelizmente a violência doméstica se torna, muitas vezes, uma rotina na vida da mulher e pode dar causa, sim, à morte dela. E isso é importante que se frise", pontuou.

Segundo a promotora, desde 2015 - ano em que a Lei de Feminicídio foi criada - até março deste ano, o Ministério Público já registrou cerca de 170 denúncias de feminicídios tentados ou consumados.

A promotora acentuou ainda que as mulheres precisam saber que a lei existe e que há também outros serviços de acolhimento e atenção às vítimas de violência doméstica, como abrigamento e medidas protetivas.

*Estagiária sob supervisão de Mário Toledo

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