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Filho de Haddad defende aumento da tarifa de ônibus em SP

Segundo Frederico, "congelar a tarifa, em alguma medida, significa transferir recursos da educação, saúde, moradia e transporte para o bolso dos empregadores"


	Ônibus em São Paulo: tarifa passou de R$ 3 para R$ 3,50
 (Wikimedia Commons)

Ônibus em São Paulo: tarifa passou de R$ 3 para R$ 3,50 (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 17h47.

São Paulo - O filho do prefeito Fernando Haddad, Frederico, escreveu um artigo nesta terça-feira em que defende o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, que passou de R$ 3 para R$ 3,50.

Segundo ele, "congelar a tarifa, em alguma medida, significa transferir recursos da educação, saúde, moradia e transporte para o bolso dos empregadores".

Frederico argumenta que o maior êxito das manifestações de junho de 2013 não foi a revogação do aumento de R$ 3 para R$ 3,20, mas "evitar a renovação dos contratos nos mesmos moldes aos atuais (que ocorreria em meados de 2013) e, ao mesmo tempo, inspirar a contratação da auditoria internacional pela Prefeitura para abrir as contas dos contratos de transporte de ônibus vigentes, algo inédito na história da cidade."

A auditoria mostra, para ele, um fator fundamental para fugir da "lógica binária" de como a questão vem sendo discutida: o lucro das empresas de ônibus é de 15%, e não de 30%, como se supunha.

Frederico Haddad finaliza o artigo questionando se aumentar a tarifa é bom. "Lógico que não", responde.

"Mas será que no quadro concreto piorou ou melhorou? Fica a pergunta e o anseio por um debate mais profundo de uma questão de alta complexidade, que não combina com uma visão binária", diz.

O filho do prefeito esteve ontem na aula pública promovida pelo Movimento Passe Livre (MPL) no centro de São Paulo.

Irritado com jornalistas que o reconheceram, Frederico foi embora antes de a aula começar e disse estar "só observando".

Em seu Facebook, ele reclamou do "uso indevido" que os meios de comunicação fizeram de sua "rápida e discreta" presença na aula pública.

"Meu objetivo era apenas observar o evento e ouvir os argumentos sobre um tema pelo qual me interesso. Nada que extrapole meu direito de cidadão. Nada que indique meu apoio à pauta do movimento. Manifesto meu profundo repúdio a essa tentativa oportunista e lamentável de me jogar contra meu pai", escreveu.

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