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Filha se exalta em reconstituição de crime no Rio

"Eles [policiais civis e militares] estão debochando, rindo. Mas não são eles que estão sem mãe", reagiu filha mais velha da auxiliar Claudia da Silva Ferreira

Alexandre Fernandes da Silva, marido de Claudia: a filha mais velha só se acalmou quando foi abraçada pelo pai (Tânia Rego/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 18h27.

Rio - A reconstituição da morte da auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira, de 38 anos, teve momento tenso, na tarde desta quinta-feira, 03, quando a filha mais velha se exaltou ao ouvir uma brincadeira entre policiais civis e militares que participam da simulação.

"Eles estão debochando, rindo. Mas não são eles que estão sem mãe", reagiu Thaís, de 18 anos.

Um policial civil tentou afastá-la e ela foi amparada pelo advogado João Tancredo. "Agora quem está sem mãe não são eles, são os meus irmãos. Sou eu. Eu que estou sem família", gritou a moça.

Thaís só se acalmou quando foi abraçada pelo pai Alexandre Fernandes da Silva.

Os peritos já fizeram a reconstituição a partir do relato dos policiais presos, o tenente Rodrigo Medeiros Boaventura, comandante da operação, e o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno.

Ambos disseram que patrulhavam a rua lado a lado, quando cerca de 15 criminosos subiram as escadas. Boaventura disse que um deles estava com fuzil. Isso contradiz o depoimento de testemunhas, que contaram que os traficantes estavam com pistolas.

Na sequência, teve início a reprodução a partir do depoimento do policial Adir Serrano. Ele contou que não estava na rua e correu ao ouvir os disparos.

Disse ter visto Boaventura já chamando socorro. O carro da polícia estava na parte baixa do Morro da Congonha. Serrano contou que pegou Claudia no colo.

"Vi que ela estava se mexendo". Não se lembra em que posição a encontrou e disse tê-la levado para a viatura já cercada por "populares hostis".

Não houve reconstituição do momento em que ela foi colocada no veículo policial - Claudia foi colocada na caçamba do carro, que abriu.

Ela foi arrastada e morreu no hospital.

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"Eles estão debochando, rindo. Mas não são eles que estão sem mãe", reagiu Thaís, de 18 anos.

Um policial civil tentou afastá-la e ela foi amparada pelo advogado João Tancredo. "Agora quem está sem mãe não são eles, são os meus irmãos. Sou eu. Eu que estou sem família", gritou a moça.

Thaís só se acalmou quando foi abraçada pelo pai Alexandre Fernandes da Silva.

Os peritos já fizeram a reconstituição a partir do relato dos policiais presos, o tenente Rodrigo Medeiros Boaventura, comandante da operação, e o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno.

Ambos disseram que patrulhavam a rua lado a lado, quando cerca de 15 criminosos subiram as escadas. Boaventura disse que um deles estava com fuzil. Isso contradiz o depoimento de testemunhas, que contaram que os traficantes estavam com pistolas.

Na sequência, teve início a reprodução a partir do depoimento do policial Adir Serrano. Ele contou que não estava na rua e correu ao ouvir os disparos.

Disse ter visto Boaventura já chamando socorro. O carro da polícia estava na parte baixa do Morro da Congonha. Serrano contou que pegou Claudia no colo.

"Vi que ela estava se mexendo". Não se lembra em que posição a encontrou e disse tê-la levado para a viatura já cercada por "populares hostis".

Não houve reconstituição do momento em que ela foi colocada no veículo policial - Claudia foi colocada na caçamba do carro, que abriu.

Ela foi arrastada e morreu no hospital.

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