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Fifa nega ter orientado árbitros a evitarem cartões

Medida tornaria jogadores mais permissivos com as faltas para favorecer o espetáculo com a presença dos grandes atletas


	Juiz mostra cartão amarelo a jogador brasileiro: Fifa negou ter orientado juízes a evitarem cartões
 (Reuters/Yves Herman)

Juiz mostra cartão amarelo a jogador brasileiro: Fifa negou ter orientado juízes a evitarem cartões (Reuters/Yves Herman)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 16h44.

Rio de Janeiro - A Fifa negou nesta segunda-feira ter aconselhado os árbitros da Copa do Mundo a evitarem advertir os jogadores com cartões, o que os tornaria mais permissivos com as faltas para favorecer o espetáculo com a presença dos grandes jogadores ao longo do torneio.

"Se Neymar não disputa a final ou a semifinal é ruim para nós. Como podem dizer que queremos isso? Dizer que isso representa uma estratégia da Fifa para dar espaço ao entretenimento é um problema muito grave. Não digo que não possam questionar decisões do árbitro, mas não se pode dizer que seja uma estratégia", disse o diretor de comunicação da Fifa, Walter de Gregorio.

A fratura sofrida por Neymar na terceira vértebra lombar após uma joelhada do colombiano Camilo Zúñiga, que não foi advertido pelo espanhol Carlos Velasco Carballo, desencadeou uma série de teorias que indicam que a Fifa teria instruído os árbitros a serem mais flexíveis nas avaliações.

A entidade se referiu a uma notícia do jornal alemão 'Bild', que apontou a existência das orientações. De Gregorio fez questão de desmentir a informação.

"A Fifa desmente esse artigo. Dizem que há um plano secreto, citando Massimo Bussaca (ex-árbitro suíço), que teria dito que, em caso de dúvida (nas faltas), seria preciso deixar o jogo seguir a favor do espetáculo. Isso seria arriscar uma lesão para os jogadores e significaria que estaríamos satisfeitos que um jogador como Neymar se lesionasse", afirmou.

De Gregorio afirmou com contundência que, até o momento, os árbitros da Copa do Mundo fizeram um bom trabalho e ressaltou que, ao longo de todas as partidas disputadas, houve poucas situações decisivas para a arbitragem.

"A ideia sobre um plano secreto é absurda. Está se dizendo isso, mas quero pedir que se use o bom senso. Não digo que os árbitros não cometem erros, mas isso é parte do jogo. Afirmar que há uma ordem para que os árbitros façam isso, não", disse.

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