Fiasco no orçamento da Rio 2016 ameaça atletas paralímpicos
Depois de estourar o orçamento da Olimpíada, organizadores podem não ter dinheiro para pagar as viagens dos atletas da Paralimpíada
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2016 às 11h50.
Atletas de mais de 50 países podem perder os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro se os organizadores não entregarem os recursos prometidos para as viagens, segundo o porta-voz do Comitê Paralímpico Internacional.
Com sérias restrições orçamentárias, os organizadores da Rio 2016 atrasaram o pagamento de cerca de US$ 8 milhões em custos de viagem das delegações paralímpicas ao evento que começa no dia 7 de setembro.
A notícia coincide com o aumento do interesse pela Paralimpíada: após o sucesso em Londres e em Pequim, o evento do Rio deverá ser transmitido ao vivo para o maior número de países da história, inclusive aos EUA, onde isso ocorrerá pela primeira vez.
O presidente do comitê, Philip Craven, viajou a Brasília para exigir que o governo brasileiro mantenha os compromissos assumidos quando o país ganhou o direito de organizar o evento.
“Nosso presidente está lá para tentar ressaltar que eles se candidataram a organizar dois eventos e precisam pagar os dois eventos”, disse o porta-voz do CPI, Craig Spence.
O prefeito do Rio ofereceu a alocação de R$ 150 milhões (US$ 47 milhões) para ajudar a resolver a crise da Paralimpíada, mas um juiz bloqueou os pagamentos, exigindo que os organizadores publicassem suas contas completas antes da liberação do dinheiro.
O prefeito disse na segunda-feira que seu gabinete entrou com recurso.
Mário Andrada, porta-voz da Rio 2016, disse que estava confiante de que o dinheiro necessário para financiar o transporte dos atletas será pago até o fim do mês.
Cortes no orçamento
O orçamento original da Paralimpíada já foi reduzido duas vezes e uma terceira rodada de cortes de custos está em andamento -- e afetará diretamente os 4.300 atletas com participação esperada.
Os centros de imprensa e o transporte dos jornalistas foram cortados. Agora, os atletas também poderão ter seu transporte reduzido e uma alimentação pior.
“[Os cortes] terão um grande impacto sobre todos os que participam do evento: espectadores, jornalistas e atletas”, disse Spence.
Os organizadores da Rio 2016 não apresentaram uma discriminação dos custos da Paralimpíada e o comitê diz que os organizadores têm sido vagos em relação ao tamanho do déficit, segundo Spence. “Cada vez que eles falam conosco o buraco está maior”, disse ele.
Parte da competição é financiada por vendas de ingressos e patrocínios específicos. Andrada disse que as vendas têm sido ruins, apesar de os ingressos custarem apenas R$ 10.
Além disso, alguns dos principais patrocinadores olímpicos, como Bridgestone, Dow e McDonald’s, não estão envolvidos com a Paralimpíada, segundo o website do evento.
Andrada negou as acusações de que o dinheiro separado para a Paralimpíada foi usado para lidar com as crises da Olimpíada, como o conserto da água da piscina de mergulho, que ficou verde, e problemas de infraestrutura na Vila Olímpica.
“Precisamos garantir que faremos uma grande Paralimpíada -- esse é o nosso compromisso”, disse Andrada.
Atletas de mais de 50 países podem perder os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro se os organizadores não entregarem os recursos prometidos para as viagens, segundo o porta-voz do Comitê Paralímpico Internacional.
Com sérias restrições orçamentárias, os organizadores da Rio 2016 atrasaram o pagamento de cerca de US$ 8 milhões em custos de viagem das delegações paralímpicas ao evento que começa no dia 7 de setembro.
A notícia coincide com o aumento do interesse pela Paralimpíada: após o sucesso em Londres e em Pequim, o evento do Rio deverá ser transmitido ao vivo para o maior número de países da história, inclusive aos EUA, onde isso ocorrerá pela primeira vez.
O presidente do comitê, Philip Craven, viajou a Brasília para exigir que o governo brasileiro mantenha os compromissos assumidos quando o país ganhou o direito de organizar o evento.
“Nosso presidente está lá para tentar ressaltar que eles se candidataram a organizar dois eventos e precisam pagar os dois eventos”, disse o porta-voz do CPI, Craig Spence.
O prefeito do Rio ofereceu a alocação de R$ 150 milhões (US$ 47 milhões) para ajudar a resolver a crise da Paralimpíada, mas um juiz bloqueou os pagamentos, exigindo que os organizadores publicassem suas contas completas antes da liberação do dinheiro.
O prefeito disse na segunda-feira que seu gabinete entrou com recurso.
Mário Andrada, porta-voz da Rio 2016, disse que estava confiante de que o dinheiro necessário para financiar o transporte dos atletas será pago até o fim do mês.
Cortes no orçamento
O orçamento original da Paralimpíada já foi reduzido duas vezes e uma terceira rodada de cortes de custos está em andamento -- e afetará diretamente os 4.300 atletas com participação esperada.
Os centros de imprensa e o transporte dos jornalistas foram cortados. Agora, os atletas também poderão ter seu transporte reduzido e uma alimentação pior.
“[Os cortes] terão um grande impacto sobre todos os que participam do evento: espectadores, jornalistas e atletas”, disse Spence.
Os organizadores da Rio 2016 não apresentaram uma discriminação dos custos da Paralimpíada e o comitê diz que os organizadores têm sido vagos em relação ao tamanho do déficit, segundo Spence. “Cada vez que eles falam conosco o buraco está maior”, disse ele.
Parte da competição é financiada por vendas de ingressos e patrocínios específicos. Andrada disse que as vendas têm sido ruins, apesar de os ingressos custarem apenas R$ 10.
Além disso, alguns dos principais patrocinadores olímpicos, como Bridgestone, Dow e McDonald’s, não estão envolvidos com a Paralimpíada, segundo o website do evento.
Andrada negou as acusações de que o dinheiro separado para a Paralimpíada foi usado para lidar com as crises da Olimpíada, como o conserto da água da piscina de mergulho, que ficou verde, e problemas de infraestrutura na Vila Olímpica.
“Precisamos garantir que faremos uma grande Paralimpíada -- esse é o nosso compromisso”, disse Andrada.