Brasil

FHC diz que momento do país é de ‘recuperação moral’

Para Serra, mensalão é “o começo do começo do fim da impunidade no Brasil”


	O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: FHC também fez elogios a José Serra, a programas implantados durante os seus mandatos na prefeitura e no governo de São Paulo
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: FHC também fez elogios a José Serra, a programas implantados durante os seus mandatos na prefeitura e no governo de São Paulo (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 23h02.

São Paulo - Em seu primeiro ato público na campanha de José Serra (PSDB) à prefeitura de São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o país vive um momento de “recuperação moral”, referindo-se de maneira indireta ao julgamento do mensalão.

“Depois de vários anos em que o Brasil registrou grandes avanços, na democracia, na economia e no social, essa mesma democracia começa a ser minada por dentro pela falta de crença nela. E essa falta de crença advém da decepção que existe no país a práticas recorrentes, que não preciso citar quais são”, disse o ex-presidente. “Mas esse é um momento de chamamento. Temos uma possibilidade de recuperação. É o momento de uma recuperação moral."

As declarações foram feitas em um evento que reuniu tucanos e membros da classe artística, em São Paulo. Serra comentou que o julgamento do mensalão é “o começo do começo do fim da impunidade no Brasil”.

FHC também fez elogios a José Serra, a programas implantados durante os seus mandatos na prefeitura e no governo de São Paulo, e se referiu ao candidato tucano como um homem "carinhoso".


“José Serra é o candidato da gente de bem, das pessoas decentes. O Serra tem uma característica que precisa ser ressaltada nesse momento em que as pessoas julgam ‘a pessoa’: é a de que ele se dá bem com as crianças. Pode parecer um tanto fora de moda, ou inapropriado, mas não é”, disse o ex-presidente.

Discurso - Em seu discurso, José Serra não citou o nome de nenhum outro candidato, mas disse que a cidade corre o risco de caos caso caia nas “mãos erradas” e que certas candidaturas podem “destruir a administração em seis meses”.

Serra também criticou a recente nomeação da senadora Marta Suplicy para o Ministério da Cultura, como moeda de troca pelo engajamento da petista à candidatura de Fernando Haddad (PT). “Você não pode usar governo para nomear ministro só por questão de apoio eleitoral dentro do seu próprio partido numa cidade”, disse Serra.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2012Fernando Henrique CardosoOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

Linhas 8 e 9 começam a disponibilizar Wi-Fi gratuito em todas as estações; saiba como acessar

Bolsonaro indiciado pela PF: entenda o inquérito do golpe em cinco pontos

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta