Brasil

FGV: inflação da baixa renda atinge 0,80% em outubro

Com o resultado, o índice acumula alta de 5,02% no ano

Famílias de baixa renda sentiram a inflação quase dobrar em outubro (Antonio Milena/EXAME.com)

Famílias de baixa renda sentiram a inflação quase dobrar em outubro (Antonio Milena/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 08h15.

São Paulo - A inflação percebida por famílias de baixa renda quase dobrou em outubro. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,80% no mês passado, após alta de 0 42% em setembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 5,02% no ano e aumento de 5,43% nos 12 meses encerrados em outubro.

A taxa do IPC-C1 em outubro ficou bem acima da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). O índice mostrou alta de 0,59% em outubro. A taxa de inflação acumulada no ano pelo IPC-C1, de 4 43%, também foi maior que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR. Nos 12 meses encerrados em outubro, o IPC-BR registrou inflação acumulada de 4,96%. 

Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, quatro apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, de setembro para outubro. É o caso de Alimentação (de 0 56% para 1,72%), Educação, Leitura e Recreação (de zero para 0 54%), Transportes (de zero para 0,02%) e Despesas Diversas (de 0 10% para 0,21%). As três restantes apresentaram inflação menos intensa no mesmo período. É o caso de Habitação (de 0,21% para 0 12%), Vestuário (de 1,44% para 0,77%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,71% para 0,06%).

A FGV informou ainda que, em outubro, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em feijão carioquinha (16 11%) e batata-inglesa (14,23%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em cebola (baixa de 18,57%) e em banana prata (queda de 9,94%).

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrescimento econômicoDados de BrasilDesenvolvimento econômicoInflação

Mais de Brasil

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Governo de SP usará drones para estimar número de morte de peixes após contaminação de rios

8/1: Dobra número de investigados por atos golpistas que pediram refúgio na Argentina, estima PF

PEC que anistia partidos só deve ser votada em agosto no Senado

Mais na Exame