Ferroviários de São Paulo decidem pelo fim da paralisação
Os funcionários declararam que a decisão foi tomada em respeito aos usuários, mas "condenando a atitude arbitrária da CPTM". A greve afetou duas linhas
Agência Brasil
Publicado em 11 de abril de 2017 às 17h30.
Os funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ( CPTM ) decidiram, em assembleia na tarde de hoje (11), voltar ao trabalho após 17 horas de paralisação.
A greve afetou a Linha 10-Turquesa, que ainda está fora de serviço, e a Linha 7 - Rubi, cuja operação ocorre em velocidade reduzida.
O retorno ao trabalho ocorre progressivamente à medida que os funcionários retornam aos seus postos.
"Em respeito aos usuários, mas condenando a atitude arbitrária da CPTM, deliberamos a volta ao trabalho agora à tarde, de cabeça erguida, mas o sindicato está tomando todas as providências legais'', disse durante a assembleia o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos.
A categoria decidiu pela greve em assembleia na noite de ontem (10).
Eles reivindicam o pagamento do Programa de Participação de Resultados (PPR) de 2016.
De acordo com o sindicato, o valor deveria ter sido pago em parcela única no dia 31 de março, já que os funcionários teriam atingido metas negociadas.
O presidente ressaltou ainda que o departamento jurídico do Sindicato vai dar entrada em uma ação de danos materiais coletivos contra a CPTM.
"Vamos entrar com ação de danos materiais coletivo pelo descumprimento, já que muitos ferroviários já haviam comprometido o dinheiro que receberiam integralmente dia 31 de março".
Mais cedo, a CPTM divulgou nota informando que considerou irresponsável a greve de seus funcionários.
"O pagamento da segunda parcela (50%) do PPR 2016 aos empregados será efetuado no dia 16/06/2017, com valor corrigido pelo índice acumulado nos meses de abril e maio deste ano, evitando qualquer prejuízo financeiro aos seus colaboradores", informa a nota.