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Vistoria em estádio de Manaus continua na terça após mortes

Perito realizou fiscalização e fez reuniões no estádio para apurar a causa da morte de um trabalhador que caiu da cobertura

Trabalhadores da companhia Andrade Gutierrez se juntam no lado de fora da Arena Amazônia após a suspensão dos trabalhos, em Manaus (Bruno Kelly/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 20h22.

As vistorias técnicas do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na Arena da Amazônia começaram nesta segunda-feira e vão continuar até pelo menos terça-feira, depois da morte de dois operários, informou a assessoria de imprensa do MPT no Amazonas.

O perito designado pela Justiça do Trabalho realizou uma fiscalização e fez reuniões no estádio de Manaus para a Copa do Mundo de 2014 para apurar a causa da morte de um trabalhador que caiu da cobertura.

A Justiça trabalhista determinou a interdição de todos os setores da obra que envolvem atividades em altura.

No sábado, Marcleudo de Melo Ferreira caiu de uma altura de 35 metros e, no mesmo dia, outro operário morreu em um centro de convenções ao lado da Arena da Amazônia, que será utilizado para reuniões durante a Copa do Mundo. Familiares de José Antônio da Silva Nascimento disseram que ele sofreu um ataque cardíaco devido ao trabalho intenso.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Estado do Amazonas (Sintracomec-AM), os trabalhadores da obra vinham reclamando há bastante tempo das más condições de trabalho, que foram evidenciadas pela morte dos dois operários.

"Muitos trabalhadores vinham alegando no canteiro de obras que estavam trabalhando forçado para entregar a obra, que está atrasada", disse por telefone o vice-presidente do sindicato, Cícero Custódio.

"A realidade é que a obra está com má condição de trabalho. Hoje o trabalhador está trabalhando mais de 80 horas por semana. Tem trabalhador que entre às 7h da manhã e sai 22h, 23h e até meia-noite", acrescentou.

A construtora Andrade Gutierrez, responsável pelas obras, rebateu as declarações, dizendo que "este sindicato não representa a categoria dos trabalhadores da obra Arena da Amazônia".


"A Andrade Gutierrez S/A reafirma o seu compromisso com a segurança dos seus colaboradores e realiza ações de conscientização comportamental dos trabalhadores, de forma a não permitir a ocorrência de novos acidentes", afirmou a construtora em comunicado.

Ao governo do Amazonas, a construtora Andrade Gutierrez reafirmou seu compromisso com o cumprimento da jornada de trabalho dos operários conforme acordos com o MPT e o Sindicato da Construção Pesada do Amazonas, de acordo com nota da Unidade Gestora do Projeto Copa em Manaus.

Nesta segunda-feira, os cerca de 2 mil operários passaram por revisão dos procedimentos de segurança e as obras da Arena da Amazônia seguiram com a execução dos acabamentos nas áreas interna e externa.

Os serviços em altura, que envolvem o trabalho na cobertura do estádio, em andaimes e guindastes, ficaram paralisados, e o coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa, Miguel Capobiango Neto, disse que o impacto no cronograma da paralisação dos trabalhos em altura só poderá ser medido após a regularização das atividades em todas as frentes de serviço.

O estádio, que está 93 por cento concluído -- segundo balanço da construtora responsável -- tinha prazo de conclusão para este mês, assim como os outros cinco que ainda estão em obras para o Mundial. No entanto, todas as arenas em construção tiveram o prazo de conclusão esticado para ao menos janeiro de 2014.

Operários também morreram em obras de arenas da Copa em Brasília e São Paulo, onde dois trabalhadores morreram em 27 de novembro quando um guindaste desabou sobre parte do estádio que vai receber o jogo de abertura do Mundial, em 12 de junho.

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As vistorias técnicas do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na Arena da Amazônia começaram nesta segunda-feira e vão continuar até pelo menos terça-feira, depois da morte de dois operários, informou a assessoria de imprensa do MPT no Amazonas.

O perito designado pela Justiça do Trabalho realizou uma fiscalização e fez reuniões no estádio de Manaus para a Copa do Mundo de 2014 para apurar a causa da morte de um trabalhador que caiu da cobertura.

A Justiça trabalhista determinou a interdição de todos os setores da obra que envolvem atividades em altura.

No sábado, Marcleudo de Melo Ferreira caiu de uma altura de 35 metros e, no mesmo dia, outro operário morreu em um centro de convenções ao lado da Arena da Amazônia, que será utilizado para reuniões durante a Copa do Mundo. Familiares de José Antônio da Silva Nascimento disseram que ele sofreu um ataque cardíaco devido ao trabalho intenso.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Estado do Amazonas (Sintracomec-AM), os trabalhadores da obra vinham reclamando há bastante tempo das más condições de trabalho, que foram evidenciadas pela morte dos dois operários.

"Muitos trabalhadores vinham alegando no canteiro de obras que estavam trabalhando forçado para entregar a obra, que está atrasada", disse por telefone o vice-presidente do sindicato, Cícero Custódio.

"A realidade é que a obra está com má condição de trabalho. Hoje o trabalhador está trabalhando mais de 80 horas por semana. Tem trabalhador que entre às 7h da manhã e sai 22h, 23h e até meia-noite", acrescentou.

A construtora Andrade Gutierrez, responsável pelas obras, rebateu as declarações, dizendo que "este sindicato não representa a categoria dos trabalhadores da obra Arena da Amazônia".


"A Andrade Gutierrez S/A reafirma o seu compromisso com a segurança dos seus colaboradores e realiza ações de conscientização comportamental dos trabalhadores, de forma a não permitir a ocorrência de novos acidentes", afirmou a construtora em comunicado.

Ao governo do Amazonas, a construtora Andrade Gutierrez reafirmou seu compromisso com o cumprimento da jornada de trabalho dos operários conforme acordos com o MPT e o Sindicato da Construção Pesada do Amazonas, de acordo com nota da Unidade Gestora do Projeto Copa em Manaus.

Nesta segunda-feira, os cerca de 2 mil operários passaram por revisão dos procedimentos de segurança e as obras da Arena da Amazônia seguiram com a execução dos acabamentos nas áreas interna e externa.

Os serviços em altura, que envolvem o trabalho na cobertura do estádio, em andaimes e guindastes, ficaram paralisados, e o coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa, Miguel Capobiango Neto, disse que o impacto no cronograma da paralisação dos trabalhos em altura só poderá ser medido após a regularização das atividades em todas as frentes de serviço.

O estádio, que está 93 por cento concluído -- segundo balanço da construtora responsável -- tinha prazo de conclusão para este mês, assim como os outros cinco que ainda estão em obras para o Mundial. No entanto, todas as arenas em construção tiveram o prazo de conclusão esticado para ao menos janeiro de 2014.

Operários também morreram em obras de arenas da Copa em Brasília e São Paulo, onde dois trabalhadores morreram em 27 de novembro quando um guindaste desabou sobre parte do estádio que vai receber o jogo de abertura do Mundial, em 12 de junho.

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