Brasil

Fecomercio: venda a prazo será impactada com medidas

Comércio, porém, não deve ser prejudicado durante o Natal, estima a federação

Compras no Natal: Fecomércio pediu que governo também restrinja "o próprio consumo" (Sean Gallup/Getty Images)

Compras no Natal: Fecomércio pediu que governo também restrinja "o próprio consumo" (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 15h07.

São Paulo - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) disse que as medidas de contenção ao crédito, anunciadas hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e Banco Central (BC), provocarão "forte impacto" nas vendas a prazo a partir de janeiro, pois o corte do BC representa 15% o volume de crédito destinado às pessoas físicas.

"Essas medidas não vão afetar diretamente as vendas de Natal, pois os recursos já estão disponibilizados", afirma a entidade, em nota à imprensa distribuída hoje. Ao lamentar o anúncio das medidas, a Fecomercio-SP diz que "não há sinal evidente que possa haver escalada de preços nos segmento de bens duráveis".

"No caso do crédito para veículos, é importante lembrar que, há pouco tempo, os prazos máximos de financiamento já estiveram muito mais dilatados do que os atuais e o próprio mercado fez os ajustes que julgou necessário", diz a entidade.

Citando dados recentes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Fecomercio-SP, a entidade afirma que tanto o grau de endividamento médio quanto a inadimplência das famílias vêm se mantendo estáveis, a despeito do aumento da oferta de crédito. "Se o governo quer restringir algum consumo, que seja o dele mesmo. Sugerimos que o governo adote uma política mais restritiva com relação aos próprios gastos", afirma Antonio Carlos Borges, diretor executivo da Fecomercio-SP.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralConsumoCréditoMercado financeiro

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho