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Febraban prevê expansão de 4,2% do PIB em 2011

Pesquisa mostra queda na previsão de crescimento do país e um aumento na estimativa da inflação

A Febraban acredita que a tava Selic irá subir 0,5o ponto percentual na próxima reunião (Divulgação/Banco Central)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 15h57.

São Paulo - A Pesquisa Febraban de projeções macroeconômicas e expectativas de mercado de março, realizada com 31 analistas, apontou um recuo das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 de uma alta de 4,6%, registrada em fevereiro, para alta de 4,2% neste mês.

Segundo o estudo, as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano subiram de 5,5% para 5,8% no período. A expectativa para a taxa Selic (juro básico da economia) no final do ano não se mexeu e permanece em 12,25% neste ano, o que significa mais uma alta de juros de 0,50 ponto porcentual.

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De acordo com o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, os analistas ponderaram que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central foi mais moderada do que se esperava e levou os especialistas a avaliarem, de forma geral, que o ciclo de alta de juros iniciado em janeiro pelo BC deve ser interrompido em breve, com mais uma alta de 0,50 ponto porcentual na próxima reunião de abril. "O aumento dos juros será acompanhado de mais medidas macroprudenciais por parte do governo, a fim de desacelerar o nível de atividade da economia", comentou.

Câmbio

A Pesquisa Febraban indicou que a taxa de câmbio para o final de 2011 ficou mais forte e variou de R$ 1,75 em fevereiro para R$ 1,69. De acordo com o economista-chefe da instituição, Rubens Sardenberg, a continuidade do vigoroso ingresso de capitais no País é o fator básico que explica a estimativa da cotação do real ante o dólar mais apreciada.

Segundo Sardenberg, um dos elementos que devem colaborar para o fortalecimento do câmbio é o avanço dos preços das commodities, o que eleva os termos de troca do Brasil. Desta forma, as projeções dos economistas entrevistados sinaliza que o saldo comercial neste ano deve subir de US$ 9,3 bilhões para US$ 13,3 bilhões. Em contrapartida a este melhor resultado das exportações sobre as importações, ocorreu uma redução das previsões para o déficit de transações correntes para 2011, que baixou de US$ 67,9 bilhões para US$ 66,6 bilhões. Além disso, os analistas estão otimistas com a perspectiva da economia brasileira no curto prazo, pois o ingresso de investimentos estrangeiros diretos deve subir de US$ 40,1 bilhões para US$ 41,8 bilhões neste ano.

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