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Falta segunda dose da AstraZeneca em metade dos postos da cidade de SP

No total, 240 dos 468 postos estão sem essas doses

Vacinação contra o Covid-19 em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

Vacinação contra o Covid-19 em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de setembro de 2021 às 13h27.

Última atualização em 9 de setembro de 2021 às 13h31.

Metade das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade de São Paulo está sem vacina da AstraZeneca para aplicação da segunda dose nesta quinta-feira, 9. No total, 240 dos 468 postos estão sem essas doses, segundo informações do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido. O estoque atual do município é de cerca de 37.000 doses, o que não é suficiente para abastecer todas as unidades.

Aparecido diz que entrou em contato com o governo do estado e com o Ministério da Saúde para resolver a situação. Até o momento, não há previsão de novas entregas à cidade. "Ontem [quarta-feira] a gente conseguiu remanejar doses entre as unidades, mas hoje não dá mais", fala o secretário.

Questionado sobre a possibilidade de aplicar uma dose de Pfizer em quem recebeu a primeira de AstraZeneca, Aparecido diz que essa poderia ser uma saída viável se houvesse Pfizer em abundância. No momento, esses imunizantes estão sendo usados na vacinação de adolescentes, que têm aderido fortemente à campanha.

Dados do Ministério da Saúde compilados pelo Estadão por meio da plataforma Base dos Dados mostram que 137.000 pessoas deveriam receber a segunda dose da vacina entre esta quinta-feira e a sexta. Este é o número de vacinados com a primeira dose nos dias 17 e 18 de junho, há exatamente 12 semanas. Os números ainda não foram confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde.

As informações são oficiais e disponibilizadas pelo próprio ministério. No entanto, o preenchimento é de responsabilidade das gestões locais e é feito manualmente. Por isso, pode haver divergência entre os números encontrados pela reportagem.

O desabastecimento de AstraZeneca já estava no radar de gestores estaduais e municipais e esse cenário se tornou mais factível com os atrasos na entrega do imunizante anunciados pela Fiocruz na semana passada.

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