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Falcão minima promessa de Dilma sobre troca de equipe

Presidente do PT minimizou as declarações da presidente que disse que se reeleita deve trocar parte de sua equipe


	Apoiadora do PT durante um encontro da presidente Dilma com trabalhadores da Contag, em Brasília
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Apoiadora do PT durante um encontro da presidente Dilma com trabalhadores da Contag, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 19h21.

São Paulo - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, minimizou as declarações da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff que disse que se reeleita deve trocar parte de sua equipe.

"Eu não vi nenhum governo reeleito aqui no Brasil, na história recente, que tenha mantido todo o ministério. Novo governo, nova equipe, é o que ela disse", afirmou.

Falcão negou que esse aceno da presidente tenha como objetivo acalmar o mercado financeiro, que tem sido crítico ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"A preocupação da campanha é se dirigir ao conjunto da população. O mercado ao qual vocês se refere é uma parte pequena da população", disse. "Mas nós também nos dirigimos a eles", ponderou.

Questionado se uma eventual saída de Mantega não poderia também agradar parte do empresariado que não tem declarado voto em Dilma, Falcão afirmou: "Se eles não voltam nela, porque ela vai dar recado para eles". Ele ponderou que "não estamos menosprezando o voto dos empresários".

"Também os empresários pensam no futuro do País. Eles pensam nos seus negócios, mas pensam no Brasil também. Um Brasil com mercado interno forte, um Brasil reconhecido internacionalmente é um bom ambiente para os negócios também. Acho que eles vão refletir ao final", avaliou.

O presidente do PT disse ainda que ao contrário de outros candidatos, a presidente não vai indicar futuros nomes. "Seria muita pretensão nomear ministérios antes de ser eleita. Quem quer fazer isso que faça. Ela não vai fazer. Os outros estão fazendo, talvez por necessidade de ter algum tipo de fiança", alfinetou.

De acordo com o petista, durante reunião com lideranças hoje na capital paulista, realizada para traçar o atual cenário político e desenhar os próximos passos da campanha foi reforçado a expectativa de uma "eleição em dois turnos". Segundo ele, o embate político eleitoral deve ser "mais duro" na segunda etapa.

Ataques

Falcão disse que durante o encontro não foi feita uma avaliação direta sobre a propaganda da Dilma na televisão que fez uma correlação entre Marina e os ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros.

"Eu vi o programa de TV e eles fazem um alerta com relação a governabilidade", disse. "O Collor nunca foi citado no programa. (a peça) Fala em impeachment do Collor", afirmou.

Ele reconheceu que houve críticas à propaganda, mas disse que para ele "isso é um fato superado".

Falcão negou também que Marina passou a ser o único alvo da campanha de Dilma e disse que o projeto dela se assemelha ao programa do tucano Aécio Neves.

"Temos criticado as duas candidaturas que se assemelham do ponto de vista do projeto, mas evidente que a ganha corpo a polarização (com Marina)", afirmou.

'Volta, Lula'

Questionado sobre rumores da campanha "volta Lula", Falcão afirmou que "nunca soube disso" e que isso não foi debatido na reunião de hoje. "O que eu vi foi um site fake que por sinal já foi retirado do ar."

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