Fachin tem primeiro encontro com Janot para discutir Lava Jato
Com cerca de 40 minutos, este foi o primeiro encontro entre Fachin e Janot para tratar dos processos relacionados à Operação Lava Jato
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 14h12.
Última atualização em 13 de março de 2017 às 19h30.
Brasília - Novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin teve uma audiência com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na manhã desta sexta-feira, 3, no gabinete do ministro no STF.
Com cerca de 40 minutos, este foi o primeiro encontro entre Fachin e Janot para tratar dos processos relacionados à Operação Lava Jato.
Esta foi também a primeira audiência oficializada na agenda do ministro Edson Fachin após ter herdado, do ministro Teori Zavascki, os processos relacionados à Lava Jato na Suprema Corte.
O ministro, no entanto, já havia se encontrado na quinta-feira com o juiz auxiliar que liderava os trabalhos relacionados à operação no gabinete de Teori Zavascki, Márcio Schiefler. Os gabinetes de Fachin e Teori já iniciaram uma "transição" de informações.
O ministro Edson Fachin foi sorteado o novo relator da Lava Jato após migrar, ainda na quinta, da Primeira Turma do STF para a Segunda Turma - colegiado do qual Teori fazia parte, responsável por analisar a Lava Jato.
Apesar da definição do novo relator, o avanço da Lava Jato está agora nas mãos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Cabe a ele tomar os próximos passos nas investigações contra políticos e autoridades com foro privilegiado citados nas delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Como os acordos já foram homologados pela presidente do STF, Cármen Lúcia, durante o recesso, não há pendências sobre a Odebrecht direcionadas a Fachin.
Entre os procedimentos que o procurador-geral da República pode solicitar a partir de agora, está uma nova leva de pedidos de abertura de inquérito e denúncias.
Rodrigo Janot também poderia pedir o fim de segredo de justiça em relação às delações da Odebrecht. Mas, por ora, a tendência é que o material continue sob sigilo.
Cabe ao relator de uma ação no STF ordenar e dirigir os processos, com providências de investigação, decisões monocráticas e encaminhamento de julgamento.
Pode, por exemplo, decidir sobre um pedido de inquérito feito pela PGR e solicitações de levantamento de sigilo.