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Fachin retira sigilo de delações de João Santana e Mônica Moura

A delação de João Santana e Mônica Moura foi encaminhada ao STF por envolver autoridades com foro privilegiado perante a Corte

João Santana e Mônica Moura: os dois foram responsáveis pelas campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014 (REUTERS/Rodrigo Paiva/Reuters)

João Santana e Mônica Moura: os dois foram responsáveis pelas campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014 (REUTERS/Rodrigo Paiva/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de maio de 2017 às 14h26.

Última atualização em 11 de maio de 2017 às 15h02.

Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu retirar o sigilo das delações do marqueteiro João Santana e de sua mulher, a empresária Mônica Moura.

Relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin homologou no dia 4 de abril o acordo de colaboração premiada do casal.

A delação de João Santana e Mônica Moura foi firmada com o Ministério Público Federal e encaminhada ao STF porque envolve autoridades com foro privilegiado perante a Corte. Os dois foram responsáveis pelas campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014.

Depois da homologação da delação, João Santana e Mônica Moura foram ouvidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no âmbito da ação que apura se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.

À Justiça Eleitoral, Santana disse que o uso de caixa 2 na campanha eleitoral de Dilma em 2014 reforçou a percepção de que os políticos brasileiros sofrem de "amnésia moral". Segundo o publicitário, Dilma "infelizmente" sabia do uso de recursos não contabilizados em sua campanha e se sentia "chantageada" pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht.

Já Mônica Moura disse ao TSE que participou de uma reunião no primeiro semestre de 2014 com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, na qual foi acertado que parte do pagamento do marketing político da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff à Presidência da República seria feita via caixa 2.

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