Antonio Palocci: de acordo com a PF, a Odebrecht tinha uma "verdadeira conta-corrente de propina" com o PT. Essa conta seria gerida pelo ex-ministro Antonio Palocci (REUTERS/Rodolfo Buhrer/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 7 de abril de 2017 às 18h48.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou hoje (7) pedido para soltar o ex-ministro Antonio Palocci, preso em setembro do ano passado na Operação Lava Jato.
Na decisão, Fachin entendeu que a defesa de Palocci deve aguardar o fim da tramitação de outro pedido de liberdade.
Palocci e mais 14 pessoas são réus em uma ação penal relatada pelo juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal em Curitiba. Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, a empreiteira Odebrecht tinha uma "verdadeira conta-corrente de propina" com o PT.
Para os investigadores, a conta era gerida pelo ex-ministro Palocci.
Segundo os investigadores, os pagamentos ao ex-ministro eram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, setor responsável pelo pagamento de propina a políticos, em troca de benefícios indevidos no governo federal.
A defesa de Palocci nega as acusações e sustenta que Sérgio Moro é parcial na condução do processo.