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Fachin garante a Temer direito de não responder perguntas da PF

No entanto, na mesma decisão, o ministro negou novo pedido da defesa para suspender o inquérito até o fim da perícia de uma gravação que consta no processo

Edson Fachin: o ministro autorizou a PF a tomar o depoimento do presidente (Adriano Machado/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de maio de 2017 às 19h34.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu hoje (31) que o presidente Michel Temer poderá deixar de responder a perguntas que forem feitas pela Polícia Federal (PF) no depoimento no qual o presidente deverá prestar por escrito sobre as citações a seu nome nas delações da JBS.

No entanto, na mesma decisão, Fachin negou novo pedido da defesa para suspender o inquérito até o fim da perícia de uma gravação que consta no processo.

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Na decisão, o ministro entendeu que não cabe um pronunciamento dele sobre o pedido feito pela defesa para que Temer deixe de responder a perguntas que forem feitas pela PF sobre o áudio em que o presidente foi gravado em uma conversa com o empresário Joesley Batista, dono e delator da JBS. Para o ministro, o presidente tem o direito constitucional de não produzir provas contra si.

Em petição enviada a Fachin, relator do inquérito contra o presidente no STF, os advogados sustentam que Temer não pode prestar depoimento porque ainda não está pronta a perícia que está sendo feita pela própria PF no áudio no qual Joesley gravou uma conversa com o presidente.

No caso de rejeição do primeiro pedido, os advogados solicitaram autorização prévia para que Temer não fosse inquirido sobre a gravação.

Depoimento por escrito

Ontem (30), Fachin autorizou a PF a tomar o depoimento do presidente.

De acordo com a decisão, Temer deverá depor por escrito e terá 24 horas para responder aos questionamentos dos delegados após receber as perguntas sobre as citações nos depoimentos de delação da JBS.

Na semana passada, a defesa de Temer recorreu ao Supremo para suspender a tentativa da PF de ouvir o presidente, investigado na Corte após ter sido citado nos depoimentos dos executivos da JBS.

O pedido foi reiterado na manhã de hoje.

 

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