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Exército prende 63 pessoas em um mês por queimadas na Amazônia

Resultados foram divulgados no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro chegou a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU

Amazônia: no Brasil, foram registrados 30.901 focos de incêndio em agosto (Gustavo Basso/Getty Images)

Amazônia: no Brasil, foram registrados 30.901 focos de incêndio em agosto (Gustavo Basso/Getty Images)

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AFP

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 10h42.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, anunciou nesta segunda-feira que 63 pessoas foram presas e houve a emissão de 8,7 milhões de dólares em multas durante um mês de operação militar para combater incêndios na Amazônia, que em agosto registrou o dobro de focos contabilizados no mesmo período de 2018.

Os resultados da Operação Verde foram divulgados no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro chegou a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU, antes da qual ele disse que "reafirmaria a soberania" do Brasil, depois de ser alvo de duras críticas da comunidade internacional por conta do aumento de incêndios na Amazônia.

No país foram registrados 30.901 focos de incêndio em agosto, na região amazônica, quase o triplo dos 10.421 do mesmo mês de 2018, segundo dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), citados em entrevista coletiva liderada pelo ministro Fernando Azevedo e Silva.

O ministro destacou que até 22 de setembro havia 17.095 pontos de incêndio na floresta, número que, por enquanto, está abaixo da média histórica do mesmo mês, situada em 33.426.

"Nós mostramos o resultado da operação. O que vinha, principalmente de fora, era que a Amazônia estava em chamas. Nós mostramos o real, eu acho que está longe de uma Amazônia em chamas", disse o ministro, ao lado da equipe técnica que participa da operação.

Contudo, Azevedo reconheceu que "há preocupação" em algumas áreas, especialmente no centro da região.

Sob forte pressão internacional, Bolsonaro assinou um decreto em 23 de agosto para autorizar o envio de militares para os estados amazônicos. Na sexta-feira passada, a operação foi prorrogada até 24 de outubro.

O ministro disse que foram realizadas 571 missões terrestres e 250 aéreas para combater os focos de incêndio na região amazônica, que abriga a maior biodiversidade do mundo e é essencial para o equilíbrio climático do planeta.

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