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Executivos da Odebrecht apontam R$ 1 mi para filme sobre Lula

Filme que narra a história do petista estreou em 1º de janeiro de 2010 e custou cerca de R$ 12 milhões. A Odebrecht destinou R$ 750 mil para o longa

Marcelo Odebrecht: força-tarefa apura se o financiamento do filme tem relação com o esquema de desvios e corrupção na Petrobras (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 10h37.

São Paulo - A Operação Lava Jato investiga a captação de recursos para o financiamento do longa " Lula , o Filho do Brasil".

O empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci já prestaram depoimento.

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Em e-mails capturados pela Polícia Federal, executivos relatam a "demanda" de R$ 1 milhão para "apoiar o filme de interesse do nosso cliente", que seria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O filme que narra a história do petista estreou em 1º de janeiro de 2010 e custou cerca de R$ 12 milhões. A Odebrecht destinou R$ 750 mil para o longa.

A defesa de Lula não comentou a investigação da força-tarefa em Curitiba. O produtor do longa, Luiz Carlos Barreto, negou que tenha ocorrido tráfico de influência. A Odebrecht informou que está "colaborando com a Justiça".

Em depoimento no dia 11 de dezembro, Palocci foi questionado pelo delegado Filipe Hille Pace sobre sua suposta relação com a produção do filme.

O ex-ministro afirmou que "deseja colaborar na elucidação de tais fatos", mas que naquele momento ficaria em silêncio.

No mesmo dia, Marcelo Odebrecht- delator da Lava Jato, já condenado e em prisão domiciliar em São Paulo - também falou ao delegado.

Durante o depoimento, a PF apresentou ao empreiteiro e-mails extraídos de seu computador e ligados ao financiamento do filme. Em um dos e-mails, Marcelo enviou cinco tópicos relacionados ao filme a funcionários do grupo.

A força-tarefa apura se o financiamento do filme tem relação com o esquema de desvios e corrupção na Petrobras.

À PF, Marcelo disse acreditar "que a doação para o filme fazia parte da agenda mais geral da Odebrecht com PT e Lula, ou, por exemplo, de uma "conta-corrente geral de relacionamento que Emílio (Odebrecht, seu pai), poderia manter com Lula".

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