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PSDB vai impor limites a alianças nos Estados

Segundo Aécio Neves, executiva nacional terá poderes para vetar alianças para preservar os interesses da chapa nacional

Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reúne a executiva do partido (Divulgação/PSDB)

Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reúne a executiva do partido (Divulgação/PSDB)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 15h00.

Brasília - A executiva nacional do PSDB terá poderes para vetar alianças dos tucanos nos Estados para preservar os interesses da chapa nacional, evitando constrangimentos com possíveis coligações com adversários, disse nesta terça-feira o presidente do partido, senador Aécio Neves (MG).

"Todos os entendimentos estaduais que nós venhamos a propor, seja em relação a lançamento de candidaturas ou a formalização de coligações, terão que passar pela executiva nacional do partido", disse Aécio.

Segundo ele, isso reforça o caráter nacional da legenda e todos os impasses que eventualmente ocorrerem devem ser resolvidos pelo diálogo.

"Poderia se fazer amanhã alguma intervenção (caso fossem fechadas alianças indesejadas), é (uma) medida preventiva. Sinal claro que o PSDB tem uma prioridade hoje, que é eleger o presidente da República", argumentou o tucano, que deve ser o candidato à Presidência do partido.

A executiva decidiu que as coligações estaduais têm que levar em conta dois requisitos básicos: preservar as bancadas legislativas e evitar alianças que sejam contraditórias com o interesse nacional da legenda.

O PSDB deve lançar ao menos dez candidaturas a governador.

"O que não podemos é em determinado Estado atender a viabilização de uma coligação que eleja deputados para o partido, mas que cause prejuízo à campanha nacional do partido porque eventualmente coligou-se com uma chapa que tem outros candidatos", explicou Aécio.

Ele não descartou, porém, que em alguns casos PSB e PSDB, apesar de serem adversários na disputa presidencial, mantenham coligações estaduais.

Segundo ele, um exemplo claro é em Minas Gerais, onde as duas legendas integram o governo estadual e devem manter essa aliança.

Nesses casos, disse Aécio, os socialistas podem pedir votos para o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que deve se candidatar à Presidência também. E os tucanos pedirão votos para o candidato do PSDB.

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