Brasil

Excluir partidos é antidemocrático, diz Gilberto Carvalho

Segundo ele, democracia e partidos políticos estão diretamente vinculados


	O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho: para ele, o país vive um momento particular no qual se é necessário fazer uso de “autocrítica e abertura de espírito” .
 (Wilson Dias/ABr)

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho: para ele, o país vive um momento particular no qual se é necessário fazer uso de “autocrítica e abertura de espírito” . (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 16h12.

Brasília – O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, manifestou hoje (21) preocupação com as reações contrárias à participação de partidos políticos nas manifestações que estão ocorrendo no país. Segundo ele, democracia e partidos políticos estão diretamente vinculados. Para o ministro, o momento é de celebração, mas também de apreensão. O que a sociedade precisa, disse ele, é se fazer representar por partidos que representem o povo e que não compactuem com a corrupção.

“Quando se grita ‘sem partido’, nós vemos aí um grande pedido. E não há democracia sem partido. Não há democracia sem uma forma mínima de instituição. Sem partido, no fundo, é ditadura. Temos de ficar muito atentos a isso. Então, é um momento de celebrar e, ao mesmo tempo, é um momento de apreensão e de convidar a sociedade para que haja uma disputa pela democracia de verdade, que se faça representar por partidos que, de fato, representem o povo e que não compactuem com a corrupção”, disse Carvalho na abertura da reunião preparatória da Jornada Mundial da Juventude, prevista para julho no Rio de Janeiro.

Segundo Carvalho, o fato de a imprensa brasileira ter estimulado, ao longo do tempo, “um tipo de moralismo no sentido despolitizado e um tipo de antipolítica” também contribuiu para a exclusão dos partidos dessas manifestações.

Para ele, o país vive um momento particular no qual se é necessário fazer uso de “autocrítica e abertura de espírito” para perceber que os manifestantes mandam mensagens que ainda precisam ser compreendidas para, então, ser canalizadas para o bem do país, para o avanço dos direitos e para a conquista de serviços “de um tipo de governo que, de fato, atenda à necessidade do povo”.

Acompanhe tudo sobre:GovernoPolíticaProtestosProtestos no Brasil

Mais de Brasil

Em cincos anos, número de casas de apostas deve cair pela metade, diz representante do setor

Número de praias impróprias para banho no litoral paulista sobe para 51

Gilmar Mendes, do STF, diz que governo da Venezuela não é democrático

Prefeito de BH, Fuad Noman passa por traqueostomia e está consciente