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Bolsonaro tem pior avaliação na pandemia, mostra EXAME/IDEIA

Norte e Nordeste são as regiões que melhor avaliam a atuação dos seus prefeitos no enfrentamento da pandemia; entre os governadores, os do Sudeste são os mais mal avaliados

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Presidente Jair Bolsonaro: desaprovação à gestão de Bolsonaro continua em 49% (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Presidente Jair Bolsonaro: desaprovação à gestão de Bolsonaro continua em 49% (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

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Gabriel Justo

Publicado em 9 de abril de 2021 às, 07h25.

Última atualização em 9 de abril de 2021 às, 19h45.

Ao mesmo tempo que o governo federal descarta a adoção de um lockdown nacional e tenta acelerar a aquisição de novas vacinas, o trabalho de governadores e, principalmente, de prefeitos aparece melhor avaliado pela população do que o do executivo federal. Em relação à pandemia, enquanto o governo Bolsonaro tem 23% de avaliações ótimo/bom (mesmo número do novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga), os governadores somam 29% e os prefeitos, 33%.

Do lado das avaliações negativas, os números também confirmam uma melhor avaliação dos governos locais em comparação com o federal. Com 33% de ruim ou péssimo, os prefeitos se posicionam melhor na avaliação da população do que governadores (38%), e o governo Bolsonaro, cujo trabalho em relação à pandemia foi avaliado como ruim/péssimo por 55% dos entrevistados.

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest Pro, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1259 pessoas entre os dias 5 e 7 de abril. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ter acesso ao relatório completo.

(EXAME IDEIA/Exame)

Dentre as regiões do país, Norte e Nordeste são as que melhor avaliam a atuação dos seus prefeitos no enfrentamento da pandemia, com 42% e 36% de ótimo/bom. Já em relação aos governadores, o Centro-Oeste assume a segunda posição (com 34% de avaliações positivas), com o norte se mantendo em primeiro lugar (40% de ótimo/bom), e deixando nordeste em terceiro (32%). Os governadores da região sudeste são os mais mal avaliados, com 42% de ruim/péssimo.

A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre as perspectivas deles em relação à pandemia para este mês de abril. 41% acreditam que não será nem melhor, nem pior, enquanto 32% apostam numa piora da situação sanitária do país. Outros 27% acreditam numa melhora -  número que chega a 46% na região norte e 38% na região centro-oeste.

"O mais interessante desses dados é a polarização política com variável de correlação. Quanto maior o apoio ao presidente Jair Bolsonaro, maior o otimismo", explica Maurício Moura, fundador do IDEIA. "50% dos que aprovam o presidente acham que em abril a pandemia vai melhorar. Do outro lado, são 46% dos que desaprovam a presidência que acreditam na piora. O viés de avaliação é muito evidente nessa resposta."

Em termos gerais (considerando não só o enfrentamento à pandemia, mas o governo como um todo), houve poucas oscilações na avaliação da gestão federal em comparação com o último levantamento, feito em março. Nesta nova rodada, 26% avaliam o governo Bolsonaro como ótimo/bom, 22% como regular e 51% como ruim/péssimo.

 

Os números são semelhantes à avaliação do trabalho do novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em relação à pandemia. 23% consideram o trabalho do novo titular da saúde como ótimo/bom, 30% como regular, 32% como ruim/péssimo e 14% disseram não saber. Ao analisar os dados, Moura identifica apontou que a gestão do atual Ministro da Saúde é altamente correlata com a do presidente em relação à pandemia.

"A gestão da pandemia do governo federal segue pior avaliada que a administração como um todo. Todavia, a diferença tem diminuído. Aproximadamente, de cada 10 que aprovam o trabalho geral do Presidente Jair Bolsonaro, 8 avaliam positivamente a gestão da pandemia pela presidência.", explica Moura. "Essa aproximação da avaliação (pandemia/geral) nos aponta que o piso de avaliação presidencial está próximo. Em um cenário muito ruim, o presidente terá aproximadamente 20 pontos percentuais sólidos de aprovação."

A aprovação de Bolsonaro também teve poucas oscilações desde o último levantamento. Atualmente, 26% aprovam a maneira como o presidente lida com o seu trabalho; 23% não aprova nem desaprova e 49% desaprovam sua gestão.

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