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Ex-vice-governador de MG nega ter participado de mensalão tucano

Clésio ainda disse que deixou a sociedade com Valério em todas as empresas, por causa das eleições e por "desgaste empresarial"

Clésio Andrade: foi vice de Aécio Neves no governo mineiro (2003-2006) (Geraldo Magela/Agência Senado)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 11h55.

Belo Horizonte - O ex-vice-governador de Minas Gerais Clésio Andrade negou nesta quarta-feira, 2, em depoimento à Justiça, que tenha participado do mensalão mineiro, seja como vice na chapa de Eduardo Azevedo (PSDB) na disputa pelo Palácio da Liberdade, em 1998, seja como ex-sócio das empresas de publicidade de Marcos Valério Fernandes de Souza. Clésio afirmou ter conhecido o ex-publicitário na "beirada da lagoa".

O mensalão mineiro é como ficou conhecido, conforme investigações do Ministério Público, o esquema de repasses de recursos de estatais do Estado para as empresas de publicidade de Marcos Valério. Em seguida, os valores, segundo as investigações, eram direcionados para a campanha pela reeleição de Azeredo, que foi derrotado.

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Clésio ainda disse que deixou a sociedade com Valério em todas as empresas, por causa das eleições e por "desgaste empresarial". A empresa acusada pelo MP de receber os recursos era SMP&B Comunicação. Clésio, que também foi vice de Aécio Neves no governo mineiro (2003-2006), disse que Valério era "muito ambicioso, no sentido negativo" e que ele "impressionava muito". "As pessoas acreditavam nele."

O ex-vice alegou que só soube dos repasses pela imprensa. Sobre sua participação no levantamento de recursos para a campanha de Azeredo, disse ter participado de duas reuniões sobre o tema, mas que, depois, não foi mais convidado.

Valério foi condenado a 37 anos de prisão por envolvimento em outro mensalão, o do PT.

Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão pelo envolvimento no caso, em decisão de 1ª instância. O julgamento em 2ª instância ocorrerá no próximo dia 22.

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