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Ex-tesoureiro do PT deve se entregar ainda hoje à Justiça

Um mandado de prisão foi expedido contra ele e mais dez acusados de participar de um esquema de desvio de verbas no Ministério do Planejamento

Operação: um mandado de prisão foi expedido contra ele e mais dez acusados de participar de um esquema de desvio de verbas no Ministério do Planejamento (Arquivo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 14h29.

São Paulo - O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira deve se apresentar hoje (24) à 6ª Vara Federal Criminal, segundo a assessoria da Justiça Federal em São Paulo .

Um mandado de prisão foi expedido contra ele e mais dez acusados de participar de um esquema de desvio de verbas no sistema de gestão de crédito consignado no Ministério do Planejamento.

Desses, oito foram presos ontem (23) pela Polícia Federal (PF) com a deflagração da Operação Custo Brasil.

Um dos que tiveram a prisão decretada era outro ex-tesoureiro PT, João Vaccari Neto, que já estava sob custódia da Justiça em Curitiba.

O advogado Guilherme de Salles Gonçalves está retornando de Portugal para se apresentar às autoridades. A audiência de custódia dele está marcada para segunda-feira (27). Gonçalves e Ferreira foram os únicos não encontrados durante a operação policial.

Os outros oito acusados foram levados ainda ontem para São Paulo e passaram a noite na carceragem da PF. Eles estão prestando depoimento na 6ª Vara Federal Criminal, onde estão sendo conduzidas as investigações.

Até o início da tarde haviam sido ouvidos Joaquim José Maranhão da Câmara, Daisson Silva Portanova e Valter Correia da Costa, ex-secretário municipal de Gestão de São Paulo. Por volta das 13h30, Dércio Guedes de Souza começou a dar declarações à Justiça.

Consist

Também aguarda para prestar depoimento o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, acusado de ser uma das figuras centrais do esquema que desviou cerca de R$ 100 milhões entre 2010 e 2015.

De acordo com as investigações, agentes públicos e políticos recebiam pagamentos ilegais a partir do contrato com a empresa Consist Softwear para gerir o crédito consignado – empréstimos com desconto em folha – para servidores públicos federais.

Os serviços da empresa eram custeados por uma cobrança de cerca de R$ 1 de cada um dos funcionários públicos que aderiam a essa modalidade de crédito. O inquérito indica que, desse montante, 70% eram desviados para empresas de fachada.

A partir dos contratos falsos, os recursos chegavam aos destinatários finais, entre eles o ex-ministro Paulo Bernardo.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, ele teve despesas pessoais e de campanhas eleitorais pagas pelo esquema de corrupção desmantelado pela Operação Custo Brasil.

As investigações revelam que um escritório de advocacia ligado ao ex-ministro recebeu cerca de R$ 7 milhões. Desse total, a estimativa é que 80% custearam gastos do ex-ministro.

PT

A Operação Custo Brasil foi desencadeada a partir da delação premiada do ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano. Conforme as investigações, Romano tinha um grupo de empresas em seu nome e de parentes próximos .

Elas eram usadas para ocultar a origem do dinheiro desviado do contrato com a Consist Softwear e fazer pagamentos em benefício do PT. Em contrapartida, o ex-vereador ficaria com cerca de 20% dos valores movimentados pelas empresas de fachada.

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Um mandado de prisão foi expedido contra ele e mais dez acusados de participar de um esquema de desvio de verbas no sistema de gestão de crédito consignado no Ministério do Planejamento.

Desses, oito foram presos ontem (23) pela Polícia Federal (PF) com a deflagração da Operação Custo Brasil.

Um dos que tiveram a prisão decretada era outro ex-tesoureiro PT, João Vaccari Neto, que já estava sob custódia da Justiça em Curitiba.

O advogado Guilherme de Salles Gonçalves está retornando de Portugal para se apresentar às autoridades. A audiência de custódia dele está marcada para segunda-feira (27). Gonçalves e Ferreira foram os únicos não encontrados durante a operação policial.

Os outros oito acusados foram levados ainda ontem para São Paulo e passaram a noite na carceragem da PF. Eles estão prestando depoimento na 6ª Vara Federal Criminal, onde estão sendo conduzidas as investigações.

Até o início da tarde haviam sido ouvidos Joaquim José Maranhão da Câmara, Daisson Silva Portanova e Valter Correia da Costa, ex-secretário municipal de Gestão de São Paulo. Por volta das 13h30, Dércio Guedes de Souza começou a dar declarações à Justiça.

Consist

Também aguarda para prestar depoimento o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, acusado de ser uma das figuras centrais do esquema que desviou cerca de R$ 100 milhões entre 2010 e 2015.

De acordo com as investigações, agentes públicos e políticos recebiam pagamentos ilegais a partir do contrato com a empresa Consist Softwear para gerir o crédito consignado – empréstimos com desconto em folha – para servidores públicos federais.

Os serviços da empresa eram custeados por uma cobrança de cerca de R$ 1 de cada um dos funcionários públicos que aderiam a essa modalidade de crédito. O inquérito indica que, desse montante, 70% eram desviados para empresas de fachada.

A partir dos contratos falsos, os recursos chegavam aos destinatários finais, entre eles o ex-ministro Paulo Bernardo.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, ele teve despesas pessoais e de campanhas eleitorais pagas pelo esquema de corrupção desmantelado pela Operação Custo Brasil.

As investigações revelam que um escritório de advocacia ligado ao ex-ministro recebeu cerca de R$ 7 milhões. Desse total, a estimativa é que 80% custearam gastos do ex-ministro.

PT

A Operação Custo Brasil foi desencadeada a partir da delação premiada do ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano. Conforme as investigações, Romano tinha um grupo de empresas em seu nome e de parentes próximos .

Elas eram usadas para ocultar a origem do dinheiro desviado do contrato com a Consist Softwear e fazer pagamentos em benefício do PT. Em contrapartida, o ex-vereador ficaria com cerca de 20% dos valores movimentados pelas empresas de fachada.

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