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Ex-presidente do BNDES depõe como testemunha de defesa de Lula

Luciano Coutinho falou como testemunha de defesa do ex-presidente em ação penal sobre o suposto recebimento de propinas da Odebrecht

a defesa de Lula quis saber de Luciano Coutinho informações sobre o Conselho de Administração da Petrobras (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2017 às 14h48.

São Paulo - O ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) Luciano Coutinho prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, por videoconferência, nesta sexta-feira, 23.

Luciano Coutinho falou como testemunha de defesa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht a Lula.

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A audiência durou cerca de 15 minutos. A defesa de Lula quis saber de Luciano Coutinho informações sobre o Conselho de Administração da Petrobras.

O ex-presidente do BNDES afirmou que fez parte do Conselho. "Não me recordo exatamente, mas creio que entre 2009 e 2016 ou 2010 e 2016, não lembro exatamente."

O advogado Cristiano Zanin Martins questionou Luciano Coutinho sobre as decisões do conselho. O defensor quis saber se "eram técnicas".

"Sim, o conselho tem atribuições definidas no estatuto de aprovação de matérias de natureza, digamos, estratégicas, os planos quinquenais da empresa, os planos de médio e longo prazos e de rever anualmente o planejamento estratégico. Também o conselho tem um papel em aquisições ou desinvestimentos, ou seja, ele tem um papel restrito a um certo conjunto de matérias e essas matérias sempre foram decididas com base em informações resumidas, informações suficientes, porém, resumidas a respeito desses conteúdos", afirmou Luciano Coutinho. "O conselho examinava a estratégia de negócios da Petrobras em termos agregados, ou seja, não se detalhava projeto a projeto, se discutia uma estruturação de prioridades para as diversas áreas da empresa, mas sem aprofundar projeto a projeto."

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