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Ex-PM ligado a morte de Marielle pode ir para presídio de segurança máxima

Orlando Oliveira de Araújo nega participação no crime e defesa já impetrou um recurso ao Superior Tribunal de Justiça para impedir a transferência.

Marielle Franco: ex-PM também negou envolvimento com o vereador Marcello Siciliano (PHS), colega de bancada da vereadora (Ricardo Moraes/Reuters)

Marielle Franco: ex-PM também negou envolvimento com o vereador Marcello Siciliano (PHS), colega de bancada da vereadora (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de maio de 2018 às 18h17.

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) confirmou o recebimento do pedido de transferência do ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, de Bangu 1, no Rio, para um presídio federal de segurança máxima em outro Estado. O local do presídio, no entanto, só será divulgado após a transferência do preso por razões de segurança.

Araújo é apontado por uma testemunha como um dos responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e sua transferência foi pedida para evitar interferências nas investigações do crime. Ele nega participação no crime.

Seu advogado, Renato Darlan, informou nesta quinta-feira, 16, que já impetrou um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para impedir a transferência.

"Essa transferência nos preocupa muito", afirmou Darlan. "Até porque não traz benefícios para ninguém; nem para o meu cliente, nem para a investigação da morte da vereadora. Se ele tiver que ser ouvido de novo, por exemplo, será um transtorno."

Araújo foi ouvido durante toda a tarde de quarta-feira, 15, em Bangu 1, por uma equipe da Delegacia de Homicídios (DH) que investiga o assassinato de Marielle. Aos agentes, ele voltou a negar a participação na morte da vereadora.

Ele também negou envolvimento com o vereador Marcello Siciliano (PHS), colega de bancada de Marielle, apontado pela mesma testemunha como mandante do crime.

Siciliano já prestou depoimento na condição de testemunha, mas deve voltar a depor, diante das acusações. Ele não foi intimado ainda, segundo a sua assessoria. O vereador também nega a acusação de envolvimento na morte da colega.

Investigações do Ministério Público apontam Araújo como líder miliciano em Curicica, na zona oeste, região de influência de Siciliano. Araújo é apontado pela polícia como responsável também pelo assassinato de Carlos Alexandre Pereira Maria, colaborador do gabinete do vereador, na zona oeste. Araújo também nega este envolvimento.

 

 

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