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Ex-aliado, PMDB do Senado vai "“sumir"” de perguntas a Dilma

O PMDB do Senado, que era uma das bases do governo de Dilma Rousseff, deve se abster de fazer perguntas à petista no julgamento do impeachment


	PMDB: partido rompeu com o governo Dilma, e agora deve "poupar" senadores que foram próximos dela, como Lobão, Eduardo Braga e Marta Suplicy
 (Igo Estrela/ PMDB Nacional/Fotos Públicas)

PMDB: partido rompeu com o governo Dilma, e agora deve "poupar" senadores que foram próximos dela, como Lobão, Eduardo Braga e Marta Suplicy (Igo Estrela/ PMDB Nacional/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 07h28.

Brasília - Praticamente "sumido" da fase de depoimento de testemunhas da presidente afastada, Dilma Rousseff, o PMDB do Senado deverá repetir a mesma estratégia e "sumir" de fazer perguntas à petista nesta segunda-feira (29).

Pela lista com 47 inscritos até o momento para questioná-la, apenas seis são do partido, que é a maior bancada da Casa, com 19 dos 81 senadores.

Os senadores peemedebistas têm passado quase em branco nos sete depoimentos realizados desde a quinta-feira (25) no julgamento do processo de impeachment de Dilma.

O PMDB do Senado era um dos esteios da governabilidade de Dilma no Congresso, mas, desde o agravamento da crise política, em sua maioria começou a defender o impeachment da petista.

O beneficiário direto da eventual queda da petista é o presidente em exercício, Michel Temer, presidente licenciado do PMDB.

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), confirmou que a estratégia da bancada é de ser cortês com a presença de Dilma, outrora aliada, mas tentar não inquiri-la.

"Ela tem que ser respeitada como a presidente que ainda está no mandato. Portanto, se depender de mim e se alguém me escutar, não haverá questionamentos à presidenta", disse Eunício ao Broadcast Político.

Um dos raros senadores peemedebista que vai se manifestar, o senador Waldemir Moka (MS) admitiu que ainda pode desistir de perguntar para Dilma - ele está inscrito em décimo quarto da lista. "Se houver um acordo, eu posso abrir mão de falar", admitiu Moka, que tem falado em nome de Eunício.

A decisão dos senadores do partido de falar o mínimo possível até o momento, acertada na semana passada, teve por objetivo tentar acelerar os trabalhos da fase de testemunhas.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também concordou com a ação. "Essa fase de depoimentos não muda nenhum voto", admitiu ele na sexta-feira (26).

A ação será repetida agora. Dos defensores do impeachment na bancada, apenas Moka, a outra vice-líder do PMDB, Rose de Freitas (ES), e os senadores Hélio José (DF) e Simone Tebet (MS) se inscreveram para falar.

Dos contrários, que não tem seguido a maioria da bancada, se inscreveram a primeira a falar, a senadora e ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu (TO), e o senador Roberto Requião (PR).

A intenção do PMDB é também preservar senadores da bancada que foram próximos a Dilma. Por isso, cinco deles não devem falar: os ex-ministros Edison Lobão (MA) e Eduardo Braga (AM), ex-titulares de Minas e Energia; o ex-titular da Previdência Garibaldi Alves Filho (RN); a ex-representante da Cultura Marta Suplicy (SP) e o ex-líder do governo dela no Senado Romero Jucá (RR).

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