Microcefalia: para a OMS, apesar de não existir comprovação cientifica ainda, as circunstâncias atuais, praticamente, não deixam dúvidas (Ricardo Moraes / Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2016 às 13h29.
Brasília - A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse hoje (22) que, apesar da associação entre o vírus zika e o aumento de malformações fetais não ter sido cientificamente confirmada, as evidências circunstanciais atuais são esmagadoras.
“O tipo de ação urgente demandada por esta emergência em saúde pública não deve esperar por uma prova definitiva”, completou.
Durante coletiva de imprensa em Genebra, Margaret Chan destacou que o vírus já circula em pelo menos 38 países e territórios, enquanto 12 localidades já relataram aumento de casos da síndrome de Guillain-Barré associados a resultados positivos para infecção por zika.
“Quanto mais sabemos sobre o vírus, pior nos parece a situação”, avaliou.
Ainda segundo a diretora-geral da OMS, Brasil e Panamá são os únicos países até o momento a reportarem casos de microcefalia possivelmente associados ao zika, enquanto o governo colombiano também investiga casos da malformação em bebês.
Especialistas foram enviados a Cabo Verde para analisar o primeiro caso identificado de microcefalia possivelmente associado à infecção.
“Se esse padrão se confirmar para além da América Latina e do Caribe, o mundo terá de enfrentar uma grave crise em saúde pública”, alertou Margaret Chan. ,
“No estágio atual de conhecimento, ninguém pode prever se o vírus zika vai se espalhar para outras partes do mundo, causar malformações ou algum tipo de desordem”, destacou Margaret Chan.