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Everaldo e Aécio; Covas e Lula…

FHC já sabia De acordo com a coluna Radar, da revista VEJA, embora muita gente tenha se surpreendido com a inclusão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na delação premiada de Emílio Odebrecht, o próprio não foi pego desprevenido. Ele já havia sido avisado há alguns meses por Emílio que seu nome estaria incluído nos depoimentos […]

FHC: ele já havia sido avisado por Emílio que seu nome estaria incluído nos depoimentos ao Ministério Público Federal / Tania Rego/ Agência Brasil (Tania Rego/Agência Brasil)

FHC: ele já havia sido avisado por Emílio que seu nome estaria incluído nos depoimentos ao Ministério Público Federal / Tania Rego/ Agência Brasil (Tania Rego/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2017 às 18h43.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.

FHC já sabia

De acordo com a coluna Radar, da revista VEJA, embora muita gente tenha se surpreendido com a inclusão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na delação premiada de Emílio Odebrecht, o próprio não foi pego desprevenido. Ele já havia sido avisado há alguns meses por Emílio que seu nome estaria incluído nos depoimentos ao Ministério Público Federal. Nos últimos meses, FHC foi um dos políticos que defendeu publicamente que sejam diferenciadas as doações feitas por caixa dois daquelas que foram feitas em troca de corrupção.

Everaldo ajudou Aécio

O ex-presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, revelou em seu depoimento de delação premiada que um dos pedidos feitos ao pastor Everaldo, que recebeu seis milhões de reais de caixa 2 para a campanha de 2014, foi de que ele ajudasse Aécio Neves em um debate. De acordo com Reis, a companhia achava que tinha “crédito” com Everaldo por ter doado um valor muito alto pelo quanto ele conseguiria entregar em troca – o pastor era um dos últimos nas pesquisas eleitorais. Como o plano da empresa era de que Dilma fizesse o segundo turno contra Aécio, foi feito o pedido para que Everaldo ajudasse o tucano a ter mais tempo de televisão com perguntas fáceis. “Como a gente se sentia credor por ter contribuído tanto para a campanha dele, nós sugerimos que usasse o debate sempre para perguntar ao candidato Aécio porque aí daria mais tempo ao Aécio. E analisando a transcrição do debate do primeiro turno se nota que ele fez perguntas absolutamente simples e inócuas para que o candidato Aécio pudesse ter tempo na televisão”, afirmou.

Lula não vai

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia confirmado presença na tradicional festa de 21 de abril – dia de Tiradentes – em Ouro Preto para receber uma homenagem do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, desistiu da ideia e não deve mais comparecer. Tudo por causa da divulgação dos depoimentos da delação premiada da Odebrecht.

Notas frias

Alexandrino Alencar, delator e ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, disse em seu depoimento que ele e o advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Lula, combinaram forjar notas frias para a reforma do sítio de Atibaia. As reformas foram feitas em 2010 e o sítio, no papel, pertence a Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos de Fábio Luiz Lula da Silva, filho de Lula. As notas, então, foram feitas de forma a parecer que fossem os donos do sítio que tivessem encomendado a reforma. Alencar disse que a obra foi feita a pedido da ex-primeira-dama Marisa Letícia. “A pessoa te pede. É um valor, digamos, nenhuma coisa absurda. É um agrado a se fazer a uma pessoa que teve essa relação toda com o grupo durante esse tempo todo. É uma retribuição, sem dúvida nenhuma”, disse.

Culpa do Covas

Ainda segundo Alexandrino Alencar, a Odebrecht começou a se aproximar de Lula em 1993, por causa um conselho dado pelo ex-governador de São Paulo Mário Covas. “Tem uma liderança no Brasil que é bom vocês entrarem em contato”, disse Covas para o então presidente da Odebrecht, Emílio Odebrecht. Ainda segundo Alencar, o período do conselho coincidiu com a crescente vontade da Odebrecht de mostrar para setores da esquerda, principalmente sindicatos, que era importante alguma empresa nacional investir no setor petroquímico. Quase dez anos depois, quando Lula chegou ao poder, surgiu a Braskem, uma sociedade entre Odebrecht e Petrobras.

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