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Eventos em comunidades pacificadas terão regras claras

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou que a PM receberá orientações sobre como liberar eventos em favelas


	Vista de favela no morro do Vidigal, no Rio de Janeiro: hoje, a PM é questionada por proibir festas.
 (REUTERS/Pilar Olivares)

Vista de favela no morro do Vidigal, no Rio de Janeiro: hoje, a PM é questionada por proibir festas. (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2013 às 14h50.

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, anunciou que a autorização de eventos em comunidades pacificadas deve ganhar regras claras. Ele acrescentou que a PM receberá orientações sobre como liberar eventos em favelas. Hoje, a PM é questionada por proibir festas.

"É algo que as comunidades vem reclamando porque fica ao sabor da sensibilidade e visão do oficial que comanda a Unidade [de Polícia Pacificadora, UPP]", disse Cabral. Segundo ele, as regras, em discussão, serão "uma novidade de procedimento em relação aos eventos nas comunidades", reforçou.

Comissão especial, integrada por membros do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP) e das polícias Civil e Militar, vai investigar a atuação de grupos de vândalos durante as manifestações ocorridas na cidade. O anúncio da criação da comissão foi feito, ontem (18), na sede do MP, após reunião do procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, com representantes do governo do estado e da cúpula da Secretaria de Segurança Pública.

O grupo terá o poder de avocar todas as investigações sobre os atos de vandalismo ocorridos nas últimas manifestações. A criação da comissão ocorreu porque quarta-feira (17) e ontem (18) um grupo de baderneiros aproveitou uma manifestação pacífica contra o governador Sérgio Cabral, para cometer ações de vandalismo contra lojas comerciais, agências bancárias, bancas de jornais, nos bairros do Leblon e de Ipanema.


Eles também saquearam o comércio, destruíram caixas coletoras de lixo e atearam fogo a cones de sinalização e nos materiais retirados das lojas saqueadas.

O governador Sérgio Cabrail confirmou hoje (19) a criação da comissão. Segundo ele, a comissão dará "agilidade" e "eficiência" às investigações e será uma resposta à sociedade ante a violência das últimas manifestações.

"Estamos respondendo à sociedade: temos o dever de dar essa reposta, de maneira unificada e coesa, [unindo] as forças de segurança pública e o Ministário Público", afirmou Cabral. O decreto regulamentando o funcionamento da comissão será publicado na próxima segunda-feira. Cabral confirmou que a presidenta Dilma Rousseff se colocou à disposição para ajudar o Rio de Janeiro e manifestou solidariedade à população do estado.

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