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Eunício diz achar difícil MDB ter candidatura própria à Presidência

Nos bastidores, o grupo já trata como certa a desistência de Temer da disputa eleitoral, que só deve ser anunciada oficialmente no final do mês

Eunício Oliveira: segundo presidente do Senado, Temer o deixou "completamente liberado" para fazer coligações no Estado (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

Eunício Oliveira: segundo presidente do Senado, Temer o deixou "completamente liberado" para fazer coligações no Estado (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2018 às 20h59.

Brasília - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que considera "difícil" o partido ter candidatura própria à Presidência da República.

Segundo Eunício, o presidente Michel Temer o deixou "completamente liberado" para fazer coligações no Estado. Nesta quinta-feira, 10, os dois emedebistas se reuniram no Palácio do Planalto para tratar de votações no Congresso.

Na quarta-feira, 9, caciques do MDB como o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), o senador Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM), tiveram um encontro na casa de Eunício, em Brasília, para tratar da eleição.

Nos bastidores, o grupo já trata como certa a desistência de Temer da disputa eleitoral, que só deve ser anunciada oficialmente no final do mês, e se preocupa agora com uma eventual aliança nacional, que pode atrapalhar as coligações nos Estados. Renan, por exemplo, defende a aliados que o MDB não apoie ninguém oficialmente para a Presidência.

Em entrevista ao Broadcast, Jucá indicou nesta quarta-feira, 9, que o presidente Temer não será mesmo candidato à reeleição. O senador disse que o principal objetivo do partido é eleger "a maior bancada da Câmara e do Senado". Ele também afirmou que, se não for candidato, Temer "não estará na eleição", ou seja, não atuará na campanha.

No início da semana, a líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), declarou que o presidente Temer e o ex-ministro Henrique Meirelles só deveriam entrar na disputa se tiverem chances de chegar ao segundo turno, porém ambos não ultrapassam 2% das intenções de voto. Ela avaliou que "não adianta forçar uma candidatura e arrastar consigo para baixo, puxar, diminuir a bancada no Congresso e candidatos a governador".

Apesar disso, Temer e Meirelles mantêm oficialmente as suas pré-candidaturas. Mais cedo, o presidente da República disse que acha difícil uma candidatura única de centro prosperar e não descartou nenhuma possibilidade.

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