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EUA prometem responder questionamento da AL sobre espionagem

"Vamos contatar os países da região para falar do tema e responder suas inquietações", afirmou fonte do Departamento de Estado dos EUA que pediu anonimato


	Na cúpula do Mercosul em Montevidéu (Uruguai) na última sexta-feira, os presidentes de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela"condenaram" em uma declaração as "ações de espionagem" por parte de "agências de inteligência" dos EUA
 (Nicolas Garrido/Reuters)

Na cúpula do Mercosul em Montevidéu (Uruguai) na última sexta-feira, os presidentes de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela"condenaram" em uma declaração as "ações de espionagem" por parte de "agências de inteligência" dos EUA (Nicolas Garrido/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 20h36.

Washington - Os Estados Unidos garantiram nesta segunda-feira que vão continuar a entrar em contato com os países da América Latina para responder suas "inquietações" sobre seus programas de espionagem ante a preocupação expressa por Brasil, Bolívia, Colômbia e México, entre outros.

"Vamos contatar os países da região para falar do tema e responder suas inquietações", afirmou hoje à Efe uma fonte do Departamento de Estado dos EUA que pediu anonimato.

A fonte evitou confirmar a afirmação deste sábado do presidente da Bolívia, Evo Morales, de que agentes de inteligência dos Estados Unidos acessam e-mails das "principais autoridades" de seu país.

"Não vamos dar detalhes" sobre os programas, ressaltou a fonte.

O Departamento de Estado, assegurou, está disposto a intensificar o contato com o Brasil, cujo chanceler, Antonio Patriota, considerou hoje que as explicações que obteve até o momento por parte dos Estados Unidos são "insuficientes".

"Vamos levá-lo em consideração, e nosso embaixador (em Brasília, Thomas Shannon) está em contato direto com o governo brasileiro", disse a fonte diplomática norte-americana.

Em reunião no começo deste mês, Shannon reconheceu a Patriota que Washington captou dados telefônicos e de e-mails de brasileiros, como origem e destino e a duração das comunicações, mas não seu conteúdo.

A revelação levou o Brasil a anunciar que vai propor à ONU um debate para criar leis internacionais que protejam a privacidade das comunicações.

A indignação se estendeu a toda a América Latina na semana passada, quando o jornal "O Globo" informou que a rede de espionagem denunciada em junho pelo ex-analista da CIA Edward Snowden havia se expandido por toda a região, com foco especial no Brasil, México e Colômbia.

Os Estados Unidos continuam também "em contato" com esses dois últimos governos, afirmou a fonte.

Na cúpula do Mercosul em Montevidéu (Uruguai) na última sexta-feira, os presidentes de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela "condenaram" em uma declaração as "ações de espionagem" por parte de "agências de inteligência" dos EUA, e afirmaram que elas "afetam todos os países da região".

Segundo as revelações sobre espionagem de Snowden, procurado pela justiça norte-americana, a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA coletou diversas informações, especialmente relacionadas a energia e narcotráfico, em praticamente todos os países da América Latina.

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